terça-feira, 31 de julho de 2007

Rondônia já figura entre os principais exportadores de carne


No mês passado, junho, as exportações de carne bovina de Rondônia alcançaram 8,64 mil toneladas equivalente carcaça, com faturamento de pouco mais de US$13,51 milhões. Em relação ao total exportado pelo Brasil, Rondônia respondeu por 4,8% da receita e 3,4% do faturamento.Dessa forma o Estado passou a figurar, pela primeira vez, no ranking dos cinco maiores exportadores nacionais, justamente na quinta posição.

Desbancou o Rio Grande do Sul, onde a fortíssima redução da oferta de gado tem prejudicado a produção e os embarques de carne bovina.A pecuária de Rondônia se expandiu de forma consistente nos últimos anos. Entre 1996 e 2006, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estimativas da Scot Consultoria, o rebanho do Estado cresceu 188%, passando de 3,94 para 11,33 milhões de cabeças.Para coroar, veio em 2003 a melhoria do status sanitário. Rondônia passou a ser considerada, internacionalmente, área livre de febre aftosa com vacinação, e até hoje está entre os Estados que registram os melhores índices de vacinação.Esse ambiente atraiu as grandes indústrias exportadoras.

Os maiores frigoríficos do Brasil já se instalaram no Estado. Resultado: entre 1998 e 2006 as exportações de carne bovina de Rondônia saltaram de praticamente zero para 64,75 mil toneladas equivalente carcaça.O aumento da demanda pelo boi gordo, graças à chegada de novos frigoríficos e do aumento das exportações, e o ajuste produtivo que começa a se desenhar, reflexo de anos de abate de matrizes e redução de investimentos, têm sustentado a recuperação dos preços pagos aos produtores. O boi gordo rastreado, no Sudoeste do Estado, é negociado hoje a R$52,00/@, a prazo, para descontar o funrural.

Na média de julho, ficou em R$50,90/@, um aumento de 39% em relação ao mesmo período do ano passado. (FTR)Ânimo recuperado.

A recuperação dos preços agropecuários, para as principais commodities de exportação brasileiras, aquece a economia do campo.As vendas de máquinas agrícolas para o mercado interno, no comparativo entre o primeiro semestre de 2007 em relação ao mesmo período de 2006, reagiram 34,7%.

A produção teve alta de 21,4%. As exportações, justamente por conta do aumento da demanda interna, cresceram apenas 2,6%.Com isso, o nível de emprego no setor está em crescimento.As perspectivas seguem favoráveis. Mas o patamar atual de vendas, ainda que superior a 2006, está apenas um pouco acima de 2005, antes da crise. (LMA)

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