segunda-feira, 30 de julho de 2007

Comissão de Ética discute gesto obsceno feito por assessor de Lula

A Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência da República, discute nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, os gestos obscenos feitos por Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O órgão não tem poderes punitivos, mas faz recomendações sobre a posição a ser assumida pelos servidores federais.

As imagens estão na internet, na página do site YouTube.
De acordo com a comissão, há um conjunto de regras contidas no Código de Alta Conduta da Administração Federal que devem ser seguidas pelas autoridades federais.

Garcia foi flagrado fazendo um gesto obsceno dando a entender que comemorava a suspeita de o Airbus-A320 da TAM ter apresentado um defeito mecânico antes de ocorrer o acidente em Congonhas. A informação sobre a falha na aeronave foi divulgada pelo "Jornal Nacional" e o ministro assistia à reportagem.

A imagem dele e do auxiliar Bruno Gaspar aparentemente comemorando a informação foi feita por um cinegrafista da TV Globo, que captou a cena da parte de baixo do Palácio do Planalto --aproveitando que Garcia e Gaspar estavam com a janela da sala aberta.

O presidente da Comissão de Ética Pública é o ex-ministro Marcílio Marques Moreira. Também integram o órgão os advogados Hermann Assis, José Ernanne Pinheiro e Roberto Figueiredo Caldas.

A Comissão de Ética Pública foi criada em 1999 para assessorar o presidente da República e propor sugestões à conduta de autoridades. Sem poderes para punir, o órgão já avaliou outras denúncias de suspeitas de desrespeito às normas de conduta da administração pública, como quando houve a acusação envolvendo o ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que supostamente estaria envolvido no episódio da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

A comissão também avaliou os comportamentos dos ex-ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Agnelo Queiroz (Esporte) --que teriam sido beneficiados com o recebimento de transporte e presentes de particulares, no período em que exerciam cargos públicos.

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