terça-feira, 31 de julho de 2007

Pesquisador Pode ter sido vitima de assalto encomendado

Do Correspondente - O pesquisador Daniel Panobianco, de Ji-Paraná foi mais uma vitima de assalto em plena luz do dia nesta segunda-feira. Quando se encaminhava por volta da 9 horas até a agência da Caixa Econômica Federal, no centro da cidade, foi surpreendido por três homens que o forçaram entrar em um carro, com um revólver apontado nas costas. Os assaltantes caminharam até o final da Avenida Mato Grosso, no bairro Bom Bosco, onde levaram de Panobianco um relógio e o sapato. Ao final, fizeram ameaças para que ele ficasse calado mediante as denúncias sobre a destruição do meio ambiente em Rondônia e por fim deram socos e pontapés no pesquisador de 20 anos.

O mesmo foi encaminhado para o hospital, mas não houve fraturas mais graves, apenas marcas de socos no estômago e no rosto.

Panobianco é a maior referência em Rondônia no que se diz respeito às questões climáticas e ambientais. Natural de Echaporã-SP, região de Marilia e Assis, o jovem que começou há estudar o tempo e clima desde os seis anos está há cinco em Rondônia. Desde os 12 anos sempre trabalhou em emissoras de rádio ditando os boletins do tempo.

Ainda hoje, o jovem faz seus prognósticos, com base nos dados dos institutos de meteorologia para cinco emissoras de rádio de São Paulo, dentre elas, o grupo CMN (Central Marilia Noticias), composta pelo jornal Diário de Marilia e as rádios Diário FM e Dirceu AM, onde trabalha desde os 14 anos. Em Rondônia, Panobianco já é figura legendada em todos os veículos de comunicação do Estado entre rádio, tv e sites de noticias, como o único ambientalista a favor da construção das hidrelétricas do Madeira. Uma das partes a ser investigada agora pela policia, é se o assalto sofrido ontem tem ligação com as mais diversas ONGs infiltradas em Rondônia, totalmente contra as obras de desenvolvimento do Estado e que o Panobianco vai contra as limitações.

Ainda no ano passado, a mega operação da Policia Federal no Estado, chamada de “Operação Daniel”, em que muitos funcionários do Ibama foram presos, após denúncias de falsificação de ATPFs, as autorizações de transporte florestal, fez com que muitos fazendeiros e madeireiros do Estado pensassem na ligação do pesquisador para com as atrocidades cometidas contra o meio ambiente. Nesse caso, de possível envolvimento de madeireiros e fazendeiros e de até funcionários do Ibama no assalto, a Policia Federal já está a par das investigações.

O fato mais conhecido de Panobianco em Rondônia é de que sempre, em todas as suas notas divulgadas na imprensa, seus boletins tiveram confirmação de fato criando um enorme constrangimento em pesquisadores do SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) em Porto Velho. Na forte tempestade que assolou a capital de Rondônia, no dia 07 de janeiro, o jovem pesquisador vinha há pelo menos três semanas divulgando os alertas, todos com dados embasados alertando a população em geral e ao mesmo tempo tentando fazer com que os pesquisadores do SIPAM ditassem também que o céu estava por cair em Porto Velho. No final da contas sua previsão se confirmou e ninguém da instituição pública até hoje veio à população divulgar tais fatos que levaram a ocorrência da tragédia, onde muitas pessoas perderam suas casas. Mesmo sendo um pesquisador da forma mais leiga possível, o conhecimento adquirido em anos de estudos faz hoje o jovem pesquisador uma referência na comunidade cientifica brasileira, fato talvez justificável para tanta intriga por parte do SIPAM.

Após saber do ataque cometido ontem contra Panobianco, diversas ONGs de defesa do meio ambiente, institutos de meteorologia de todo o Brasil divulgaram nota de repúdio contra este ato insano em Rondônia. Mais uma vez, quem sempre trabalha com a verdade ajudando no desenvolvimento adequado de Rondônia paga pela imposição soberana de meia dúzia de gente da alta. Mesmo com o possível ataque sofrido ontem, o pesquisador nega a sua saída de Rondônia e disse que continuará trabalhando na defesa do meio ambiente e no desenvolvimento do Estado.

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