Luiz Ricardo Fini, enviado especial Johanesburgo - África do Sul

Elano ainda marcou o terceiro tento e saiu machucado. Mas, no desconto da Costa do Marfim, Didier Drogba aproveitou vacilo da defesa brasileira e cabeceou sozinho para as redes.
Desta vez, a seleção de Dunga não sofreu tanto com o frio, e apenas três jogadores iniciaram a partida com camisas de mangas longas (Juan, Kaká e Luís Fabiano), além do goleiro Júlio César.
O jogo:

De acordo com as expectativas dos brasileiros, a Costa do Marfim realmente saiu mais para a partida em comparação à Coreia do Norte, mas isso não ajudou a equipe de Dunga, que seguiu com dificuldades para criar jogadas, principalmente pelo número excessivo de passes errados.
Os marfinenses, inclusive, também criaram oportunidades na frente, até pela quantidade de faltas que sofreram na intermediária ofensiva. Na primeira delas, Tiené tentou alçar na área, mas ninguém alcançou. Pouco depois, Didier Drogba arriscou a batida, que passou longe da meta de Júlio César.
Porém, em uma jogada desenvolvida pelos dois jogadores mais criticados da estreia, a seleção pentacampeã abriu o placar. Aos 24, Luís Fabiano passou para Kaká, que ganhou da defesa e devolveu na área para o camisa 9 soltar um foguete, sem dar chances de defesa ao goleiro Barry. Na comemoração, o atacante fez o número seis com as mãos, em homenagem ao aniversário de sua filha.
O grande número de torcedores marfinenses nas arquibancadas não permitiu o domínio dos cantos brasileiros, e o time pentacampeão também não criou chances suficientes para ampliar no primeiro tempo. Pelo contrário. A seleção de Sven Goran Eriksson chegou a se aventurar em batidas de longe, como a de Dindane, que viu Júlio César segurar.
As duas equipes voltaram para o segundo tempo sem alterações, mas a inspiração de Luís Fabiano deu mais alegria e malandragem à partida. Aos 5, o atacante recebeu na entrada da área, deu um chapéu em Zokora e, na sequência, também tocou por cima de Kolo Touré. Luís Fabiano, então, dominou com o braço e finalizou para marcar um golaço.
Depois do gol, uma cena curiosa. O árbitro francês Stephane Lannoy riu e bateu no braço, em conversa com Luís Fabiano, mas o atacante negou irregularidade, apontando para o peito. Gol para o Brasil, que passou a se irritar com a arbitragem em seguida, pelo jogo duro dos africanos. Sem alternativa, a Costa do Marfim se lançou ao ataque e arriscou em cabeçada perigosa de Drogba, que passou perto da meta.
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Mas a vantagem deu tranquilidade para a seleção pentacampeã chegar à frente. Kaká recebeu na área e chutou forte, nas mãos do goleiro. Mas, na jogada seguinte, aos 16, o camisa 10 mostrou que tem condições de também brilhar na Copa do Mundo, pois fez jogada pela esquerda e deu a assistência na área para Elano mandar para as redes.
Na comemoração do gol, Elano tirou a caneleira e mostrou os nomes de suas filhas grafados. Mas, pouco depois, a má notícia foi justamente a contusão do meio-campista, que levou uma solada na canela direita e precisou deixar o gramado carregado (Daniel Alves entrou em seu lugar). Aliás, a equipe marfinense passou a abusar das faltas mais duras. O árbitro continuou complacente.
Mesmo assim, conseguiu aproveitar uma linha de impedimento mal feita pelo Brasil, que deixou Didier Drogba livre para cabecear e marcar. Nos minutos finais, os marfinenses passaram a provocar, e Kaká se desentendeu com os adversários, sendo expulso.
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