segunda-feira, 14 de junho de 2010

Corintianos tentam apoiar, mas Dunga mantém Brasil distante

Luiz Ricardo Fini, enviado especial Johanesburgo - África do Sul

Luiz Ricardo Fini/Gazeta Press
Corintianos fazem festa em frente ao treino
Corintianos fazem festa em frente ao treino

Réplica da taça da Copa do Mundo, corintianos, cabelo black power, bandeiras e cerveja. Teve de tudo do lado de fora do treino secreto da seleção brasileira na noite deste domingo (tarde de Brasília), menos vuvuzela. No momento em que três solitários torcedores mineiros tentavam observar por entre as grades do Randburg High School, um carro personalizado em preto e branco e com oito corintianos estacionou em frente ao local.

Integrantes de um grupo chamado Corinthianos na Copa, os alvinegros logo estenderam faixas de uma torcida uniformizada do clube e chamaram a atenção de quem passava pela rua.

Os oito estão na África do Sul desde o início do mês e até tentaram assistir ao amistoso do Brasil contra a Tanzânia. Mas, depois de atravessarem de carro o Zimbábue, estavam no meio da Zâmbia e perceberam que não conseguiriam chegar em tempo para o jogo, quando desistiram.

Já os mineiros André Egídio, Wladimir Costa e Rafael Carvalho, que moram atualmente na Austrália, conseguiram ficar mais perto da seleção, pois furaram o bloqueio de segurança da concentração do Brasil neste domingo, alegando serem jornalistas. Só não tiveram contato com o elenco canarinho porque a blindagem dentro do hotel é ainda maior.

Luiz Ricardo Fini/Gazeta Press
Nem com muito esforço amigos conseguem ver o time de Dunga  treinar
Nem com muito esforço amigos conseguem ver o time de Dunga treinar

"Estou em minha terceira Copa e tenho ingressos até as quartas de final. Na Alemanha (em 2006), foi uma festa, o treino era melhor que o estádio. Agora, o Dunga está tentando corrigir os erros do passado e vamos ver o que acontece", explicou Costa, com uma lata de cerveja na mão. "Estou na 15ª e continua frio aqui", brincou.

Dunga realizou o treino na noite deste domingo para tentar adaptar o elenco ao frio, mas a temperatura não foi tão rigorosa como nos últimos dias. Em seu terceiro trabalho secreto na África do Sul, o comandante não deu pistas do que aprimorou.

Enquanto o trio de mineiros buscava alguma brecha para conseguir ver o treino, os corintianos estavam mais pacientes, apenas conversando e exibindo fotografias da aventura até a Zâmbia. O grupo ainda não tem ingressos, mas, se conseguir entrar nos estádios, promete não criar problemas com palmeirense, são-paulinos e santistas.

"Temos nosso amor pelo Corinthians, da mesma forma que os outros têm por seus times. Só queremos mostrar que a torcida corintiana é uma das que mais incentivam um time no mundo. Queremos contagiar os outros torcedores", afirmou Albert Monte, que coordena os Corinthianos na Copa. Já o personagem símbolo do grupo é Ribeiro, que chama a atenção por seu cabelo black power e por carregar a réplica da taça do Mundial.

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