quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Governador cassado do TO diz que pretende concorrer ao Senado em 2010

Agência Brasil
da Folha Online

O governador cassado do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), afirmou nesta quarta-feira que não vai recorrer da decisão da Justiça de cassar seu mandato e que vai concorrer às eleições de 2010.

"A partir de janeiro eu já estou apto a concorrer a qualquer cargo eletivo. Nossa pretensão está sendo definida, evidentemente que passa por uma convenção partidária no ano que vem, mas o projeto é chegar ao Senado Federal", disse Miranda em entrevista ao "Jornal da Amazônia", da Rádio Nacional da Amazônia.

Mesmo tendo perdido o mandato, as normas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permitem a candidatura, porque a inelegibilidade de três anos começa a contar a partir da data em que o candidato tomou posse do cargo. No caso de Miranda, começou a contar no início de 2007.

Com a saída imediata de Miranda e de seu vice, Paulo Sidnei Antunes (PPS), o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Carlos Henrique Gaguim (PMDB), assumiu o governo do Estado.

A Assembleia terá até 30 dias para realizar uma eleição indireta, por faltar menos de dois anos para o final do mandato. Com isso, os 24 deputados estaduais irão escolher o substituto de Miranda.



O TSE rejeitou na noite de ontem os recursos apresentados por Miranda contra a cassação de seu mandato. A decisão foi unânime do plenário da Corte.

Em junho, o tribunal cassou o mandato do governador e de seu vice por prática de abuso de poder político durante as eleições de 2006.

Em entrevista após a decisão do TSE, o governador cassado disse que não sente vergonha de nada nem de ninguém e que deixa o governo de cabeça erguida. 'Vou transmitir o cargo [para o meu sucessor]. Se entrei pela porta da frente, jamais sairia pela porta do fundo', afirmou.

Acusação

O governador e o vice foram acusados de prometer vantagens a eleitores, distribuir bens e serviços custeados pelo poder público, utilizar indevidamente de meios de comunicação e distribuir gratuitamente casas, óculos e cestas básicas, além de realizar consultas médicas. A denúncia foi apresentada pelo segundo colocado nas eleições, José Wilson Siqueira Campos.

Miranda permanecia no cargo porque fora beneficiado por liminar que permitiu que ele ficasse até o julgamento dos recursos.

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