domingo, 27 de setembro de 2009

Aprecie o Guia Prático das Mulheres Iguarias

Da Melancia a Caviar, não se embanane mais com as musas comestíveis

Marco Antônio Lopes, do R7
DivulgaçãoFoto por Divulgação
Veja fotos das musasEla inspirou um cardápio inesquecível de musas frutadas e iguarias

O mercado das bailarinas com apelidos comestíveis continua fervilhante. Pode-se formar um time de futebol com as mulheres-com-títulos-engraçados já conhecidas. A maioria surgiu nos bailes funk cariocas, outras entraram na onda. Algumas coloriram programas de auditório, outras estamparam capas de revistas masculinas, uma ou outra foi radical – fazendo filme pornô.

A pioneira, Andressa Soares, a definitiva mulher-melancia, coleciona títulos inéditos e importantíssimos como o de ser fazer três ensaios para a Playboy no mesmo ano. A dona orgulhosa do quadril de 121 centímetros despontou no ainda operante grupo do MC Créu, famoso pela dança de 5 velocidades. Andressa, que posou pela quarta vez em 2009, excursiona pelo país e até faz shows no exterior. Para que você não se confunda mais com tantos nomes e apelidos, nossa equipe de jornalismo investigou a fundo, e com trocadilhos, o mundo das mulheres-iguarias.

Mesmo que você conheça bem cada uma, saboreie agora um pouco mais do time oficial das mulheres-frutas-ou-iguarias.

Mulher Melancia, a pioneira

Oficialmente, não se sabe de outra garota que tenha adotado o título de fruta antes de Andressa. Ela tem 21 anos e 121 centímetros de quadril – medidas, como se sabe, que resultaram no apelido famoso, além destas: 1,72 m de altura, 68 kg, 98 cm de busto e 68 cm de cintura.

Começou fazendo a dança das cinco velocidades com o MC Créu, uma, digamos, intensa coreografia do hit de mesmo nome. Andressa abaixava e balançava a melancia com um gingado explosivo, até então inédito para o tamanho de seus enormes frutos. A plateia enlouquecia, babava, gritava, tinha arrancos de tesão. Andressa revelou o conteúdo na Playboy em quatro ocasiões, bateu recorde de vendas (mais de 1 milhão, somados as edições e os DVDs de making of), fez pontas em programas de TV e partiu para carreira solo.

Nos palcos, deu upgrade no créu – lançou a Velocidade 6, em que acelera ainda mais a dancinha com seus célebres 121 centímetros. Os shows da estrela frutífera têm escala internacional. As apresentações incluem datas na Europa. “Não tem maldade nenhuma na minha música”, costuma dizer. Ah, bom.

Mulher Jaca está madura

O grupo e o sucesso do MC Créu geraram outro fruto – a bailarina carioca Daiane Cristina, 22 anos, conhecida como Dadá e, muito mais, como Mulher Jaca. Dadá é prima de Andressa, a Mulher Melancia.

Apesar do quadril ser 10 centímetros menor que o da Melancia, as fotos revelam uma opulência imbatível. Percebendo o potencial, Dadá logo adotou a jaca (da espécie Artocarpus heterophyllus, árvore robusta e densa) como sua marca.

- Disseram que eu sou gostosa e dura como uma jaca. No começo não gostava muito do apelido, mas hoje acho bonitinho - explicou.

Se ela tem alguma rivalidade com a amiga?

- Não tenho ciúme da Andressa. Até malho com ela.

O convívio entre elas, para o bem do público, continua sem abalos – e a representante da família das jacas segue se balançando em ensaios sensuais e bailes funk com o MC Créu. O grupo excursionou pela Suíça, Angola, Inglaterra e até Irlanda.

- Os gringos adoram o Créu. Até sabem, por causa dos vídeos do youtube, o que acontece quando o DJ diz ‘ao ataque’!

O que acontece? A bailarina vira de costas para o público e inicia a frenética dança das 5 velocidades.

Mulher Maçã cabe numa calcinha

Gracy Kelly, 27, converteu-se em Mulher Maçã por causa de uma música chamada O Fruto Proibido, muito popular em bailes funk. Ela própria desempenhava o hit. Gracy aprendeu os segredos do funk dançando com a dupla Serginho & Lacraia, famosos com o sucesso hípico-erótico Égua Pocotó.

Antes, a musa representante da família das rosaceas dançou muito samba: desfilou pelo Salgueiro, Beija-Flor e Mangueira – o que, neste caso, gerou piadinhas irresistíveis. Mulher Maçã tirou as insinuações de letra. Mais que isso: usou suas formas frutadas para lançar uma grife de lingerie. Foi então que uma bailarina chamada Carla Ivantes, do obscuro grupo Priscila e as Preparadas, reivindicou o Mulher Maçã, dizendo que tinha registrado primeiro o nome no Instituto Nacional de Propriedade Industrial. A briga na jutiça continua. Mas hoje quem atende pela grife e pela marca é a insuperável Gracy.

Moranguinho dá caldo

Lembra do grupo de axé Swing Baratinha? Não? Nem nós. Pois essa banda foi a primeira experiência de Ellen Cardoso nos palcos. Nessa época a paulista ainda não era uma mulher-fruta. Seu apelido na banda era “moranguinho”, porque um dia dançou com uma calça bem justa estampada com morangos.

Depois do Swing Baratinha, Ellen apareceu na TV na Record, num quadro do programa Melhor do Brasil, em que ela tirava algumas peças de roupa. Era quase um strip-tease, porque não tirava tudo. Ellen revelou mesmo as medidas salientes quando foi convidada para ficar no lugar da Mulher Melancia no MC Créu – o pomar das mulheres-fruta.

Ellen virou então a Mulher Moranguinho. Sua trajetória no Créu terminou em 2009, quando ela decidiu sair em carreira solo. Moranguinho, que tem 28 anos (não parece) e já posou para a revista Sexy, hoje excursiona pelo mundo – em setembro fazia shows em Angola. Já esteve até na Irlanda.

Bota o melão pra quicar

Agora que você viu as fotos e entendeu os dois motivos arredondados pelos quais a Mulher Melão adotou esse nome, vamos às apresentações. O nome dela é Renata Frisson. Catarinense de Camburiú, tem 20 anos, 63 centímetros de cintura, 1,63 metro e 105 de quadril. Ah, sim: dona Melão carrega no peito cerca de 500 mililitros de silicone.

Ela surgiu no Carnaval de 2008, desfilando pela Vila Isabel.

- Fui no [carro] abre-alas, alisando os seios e brincando com todo mundo - conta ela em seu blog.

Melão recebeu o apelido num programa da FM carioca O Dia, no mesmo dia em que foi participar de uma entrevista com sua amiga, Mulher Melancia. Na porta da emissora, havia 150 pessoas esperando pelas duas mulheres-frutas, a maioria taxistas. Melão não bobeou: viu um guindaste perto, subiu, tirou o sutiã, e depois autografou a peça. Daí nomeou-se “musa dos taxistas”. O funkeiro MC Frank fez uma música para ela. Título? Bota o melão para quicar.

A filé não tem gordurinhas

Carioca, malhada, atlética, gostosa e bem simpática, a carioca Yani de Simone, 20 anos, trabalhava numa loja de roupas num shopping na zona oeste do Rio. Em 2007, foi a uma boate na zona sul. Um produtor da cena funk viu a garota detonando na pista com roupa justa.

Seu primeiro trabalho como dançarina foi dançar os hits de Mc K, Quatro por quatro e a sugestiva Pisca Bumbum. Um vídeo postado no Youtube dessa última faixa, em que ela aparecia rebolando, fez aumentar a reputação da bailarina.

O jornal Meia Hora aproveitou a deixa e lançou Yane em suas páginas com o apelido definitivo.

- Disse pra eles que não queria ser mais uma fruta. Aí um jornalista disse que eu era mignozinho e me chamou de mulher filé. Adorei.

A beleza de 1,58 metro e 59 quilos, mais enxutos 100 cm de quadril e 978 de peito, Filé já está em carreira solo. Até o final do ano lança um CD só dela. Enquanto isso, ela viaja para fazer shows – já passou por Itália e Suíça. Seu sucesso atual chama-se Celebridade. Mora na Vila da Penha, no Rio, está solteira e, malhando de vez em quando e dançando de vez em sempre, está cada vez mais mignon. Ao ponto.

Mulher caviar dá, inclusive, samba

O verso famoso de Zeca Pagodinho - “Não vi, não comi, só ouço falar - “batizou a Mulher-Caviar, a bailarina Eliza Pereira, carioca de 20 anos, e também animou a moça para outra empreitada.

A dançarina do MC Waguinho, lançada no hit De Samba Ela Vem, em que imitava uma assanhada pantera, quer mostrar as garras para o próprio Pagodinho.

Caviar, que tem aparecido vestindo camiseta para o sambista, vai gravar um funk em homenagem a ele. Se quiser e tiver interesse, Zeca Pagodinho pode verificar a boa procedência da Caviar com o jogador Adriano – que já passou uma noite com Eliza, ou ficou com ela, de acordo com as notícias que saíram em jornais, revistas e na Internet.

- Adoro fazer strip para namorados. Sou deliciosa.

Nasce a Mulher Pêssego

A Ela se chama Aliki dos Passos Corrêa, tem 19 anos, e era conhecida, até semana passada, como a “Lourinha do Créu”.

Nova dançarina do grupo carioca do funk das mil velocidades, Aliki , 1,55 metro, 100 cm de quadril e 98 de busto, ainda não tinha apelido.

- Não queria ser mais uma fruta. Mas pêssego é bonitinho e combina com a cor do meu cabelo.

É que os produtores do Créu ainda não definiram se Aliki será Pêssego, Uva, Cereja ou outro fruto simpático. Até pesquisa com os fãs tem sido feita.

A bailarina, descoberta numa balada no Tijuca Tênis Club, na Tijuca, zona norte do Rio, adora usar shortinhos rosa e salto alto, ir à praia na Barra e dançar – e haja dança. Ao lado da inesquecível Mulher Jaca, a provisoriamente Mulher Pêssego faz até 15 shows com o Créu só aos fins de semana.

- Adoro a vibração da galera - diz Aliki, uma gracinha.

No palco, ela vira o pêssego mais vibrante que se tem notícia.

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