sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Mercado: Série A conta com vários atletas que ainda não fizeram seis jogos

Triguinho, Michael, Makelele, Kuki e Maxi: em comum, todos têm menos de sete partidas

Se os reforços no exterior são muito caros, basta os clubes da Série A do Brasileirão olharem com mais cuidado para os seus concorrentes. Existem vários jogadores que, após a 24ª rodada da competição nacional, ainda não completaram sete partidas pelos seus times, o que ainda lhes permite trocar de clube enquanto a janela de transferências estiver aberta, o que vai até o último dia útil que antecede a 26ª rodada, ou seja, até 25 de setembro.

O GLOBOESPORTE.COM fez uma pesquisa geral sobre os nomes mais importantes que ainda poderiam "virar a casaca" nesta segunda metade de 2009. Mas claro que nem todos sequer têm a intenção de trocar de time a essa altura do campeonato. Foram deixados fora da lista os atletas contratados recentemente.

Confira quem se encontra nesta situação posição por posição:

GOLEIROS

Rogério Ceni é a referência na meta do Tricolor

Se um camisa 1 está fazendo falta no seu time, alguns "paredões" ainda podem ser seduzidos a trocar de clube, especialmente se eles estão na reserva. Este não é o caso de Rogério Ceni, ídolo do São Paulo, que, por conta de uma fratura no tornozelo esquerdo, fez apenas cinco partidas no Brasileirão até agora. Outro que dificilmente sai de seu lugar, por pior que seja a situação da equipe, é Rafael, do Fluminense. Após amargar muito tempo de reserva, ele, enfim, virou titular, já tem seis jogos e, no fim de semana, fará a sétima.

Goleiros de qualidade na reserva, porém, não faltam. Este é o caso de Andrey, do Cruzeiro (4 jogos), Michel Alves, do Inter (4 jogos), e Marcelo Grohe, do Grêmio (5 jogos). Márcio, que está no Barueri e atuou duas vezes, já teve tempos melhores nas seleções de base e no Paulista, de Jundiaí, mas não deixou de ser uma opção para quem está sofrendo com o seu camisa 1. Bruno, que tem dois jogos, foi revelado pelo Palmeiras. A eterna promessa para substituir Marcos está com 25 anos e uma transferência poderia fazer a sua carreira deslanchar.

LATERAIS

Michael tenta marcar Hernanes, do São Paulo, em uma das suas seis partidas pelo Botafogo

A preocupação de uma equipe pode estar nos lados do campo. Seja atacando ou defendendo, um bom lateral pode fazer a diferença e muitos ainda estão disponíveis para negócio aqui no Brasil. Um dos que pretende deixar o clube é Michael, do Botafogo. Ele foi emprestado pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia, ficou apurando a forma até a abertura da janela de transferências em agosto e, seis jogos depois, recusou-se a ficar no banco de reservas no clássico diante do Flu. Afastado, ele ainda pode atuar por outra equipe da elite nacional. Também em General Severiano, o lateral-esquerdo Gabriel, revelado no clube, fez apenas três jogos até agora.

Ainda pelo lado esquerdo, Triguinho (4 jogos), reserva de Léo no Santos, está na mira de diversos clubes, mas o Peixe não o liberou até agora, apesar do interesse, por exemplo, de Fluminense e Coritiba. Jefferson, do Palmeiras (4 jogos), começou o campeonato como titular e, apesar de ter contrato até o fim do ano, dificilmente deve conseguir a vaga que hoje pertence ao colombiano Armero. Marcelo Oliveira, do Corinthians (6 jogos), sofreu com uma lesão na coxa esquerda e voltou a ser utilizado, porém não o bastante para impedir que mude de ares.

Revelações da lateral esquerda como Bruno Collaço, do Grêmio, e Dieguinho, do Fluminense, estão a um jogo de ficarem indisponíveis, mas até sexta, pelo menos, ainda podem se transferir. Outros menos conhecidos também não chegaram a seis partidas: Bruno Ribeiro, do Barueri (6 jogos), Rodrigo Crasso e Guaru, do Coritiba (4 e 6 jogos), além de Augusto, do Flu (3 jogos).

No lado direito, Rafael já viveu dias de destaque, principalmente em sua passagem no Flamengo em 2004, mas atualmente tem a ingrata missão de disputar a posição com Vítor, um dos destaques do Goiás. Até agora, ele só atuou uma vez. Também experiente é Alberto, do Atlético-PR, que foi afastado quando Waldemar Lemos era o técnico e jogou apenas uma vez para não voltar mais. Encostado, deixar o Furacão é a sua melhor opção no momento. Henrique, do Palmeiras (1 jogo), Arilton e Daniel, do Inter (1 e 2 jogos), Douglas Maia, do Náutico (5 jogos), Nino, do Vitória (2 jogos), e Jonas, do Sport (3 jogos), são outras opções.

ZAGUEIROS

Rodrigo entrou em campo apenas cinco vezes

Falta um xerife para a defesa? Entre os zagueiros se destacam Rodrigo, do São Paulo (5 jogos), e Maurício, do Palmeiras (3 jogos), mas, nos dois casos, eles foram escalados como titulares na última rodada, o que lhes deu um novo ânimo para continuar nos atuais clubes. Outros vivem às voltas com contusões como é o caso de Teco, do Botafogo (1 jogo) e dos cruzeirenses Léo Fortunato e Gustavo (4 e 2 jogos). Marcos, do Atlético-MG, entrou em campo uma única vez e um problema nas costas o mantém afastado da equipe alvinegra.

Duas opções estão servindo à seleção sub-20 saídos da dupla Fla-Flu. O rubro-negro Fabrício atuou seis vezes, enquanto Dalton tentou ajudar o Tricolor em 5 oportunidades. Ainda na lista dos que não fizeram sete jogos, entre atletas experientes e garotos, ainda estão: Renato, do Corinthians (5 jogos), Paulo Henrique Rodrigues e André Astroga, ambos do Santos (4 e 3 jogos), Marco Aurélio, do Vitória (5 jogos), além de Vinícius Orlando e Cris, do Santo André (6 e 4 jogos).

VOLANTES

Na proteção à zaga, os cabeças de área que não completaram sete jogos são muitos. Túlio Souza, do Botafogo (6 jogos), também atua na lateral e, após algumas lesões, não vêm conseguindo muitas oportunidades de jogar. Como o alvinegro, estão Maurício, do Fluminense (6 jogos), e Makelele, do Grêmio (5 jogos), que já conseguiram algum destaque, mas hoje encaram um certo ostracismo nas equipes tricolores (assista ao gol do volante do Flu na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo na 1ª rodada).

Rômulo, que já foi titular do Flamengo, atuou apenas uma vez e pouco tem sido relacionado pelo técnico Andrade. Também na Gávea, o garoto Lenon fez 6 jogos, mas, ao contrário do companheiro, é sempre opção na equipe, o que o deixa mais distante de uma transferência. Renan, do Atlético-PR, está na seleção sub-20 e fez 5 partidas pelo Furacão até o momento, enquanto Jhonatan, outro volante do elenco, jogou só duas vezes.

Se Fábio Bahia, do Goiás, fez apenas seis partidas e se machucou, outros estão apenas treinando sem ter chance nos atuais times ou foram redescobertos pelos treinadores recentemente como Rodrigo Pontes, do Coritiba (3 jogos), Xaves, do Avaí (2 jogos), Maycon, do Inter (2 jogos), Eduardo Erê, do Náutico (5 jogos), Sidney, do Santo André (6 jogos), e Gil, do Vitória (5 jogos).

MEIAS

(Divulgação)/Site Oficial do Atlético-PR

Netinho volta ao trabalho graças a Antônio Lopes

Como é normal no mercado da bola, as opções de meias não são tão interessantes quanto as das outras posições. A maioria dos que não fizeram sete partidas é de juniores curtindo as suas primeiras oportunidades na equipe profissional ou de atletas que vivem uma temporada ruim. Entre esses últimos, o Atlético-PR promoveu o resgate de Netinho nesta semana. O jogador, que sequer entrou em campo no Brasileirão, estava machucado no início do campeonato e depois foi afastado, acusado de formar "panelinhas" na época de Waldemar Lemos. Antônio Lopes, que assumiu o cargo em agosto, decidiu reintegrá-lo.

David, do Náutico, que esteve no Fluminense em 2008, foi aproveitado apenas uma vez no Alvirrubro. Entre a garotada, Rodrigo Dantas, do Botafogo (6 jogos), Dudu, do Cruzeiro (6 jogos), Erick Flores, do Flamengo (5 jogos), Oscar, do São Paulo (5 jogos) e Maylson, do Grêmio (6 jogos), que está na seleção sub-20, não passam de apostas para o futuro, por enquanto. Mas é fato que todos eles ainda podem trocar de clube em 2009.

ATACANTES

Entre as opções ofensivas, há o atacante Kuki

Alguns centroavantes de respeito estão entre os que jogaram menos de sete partidas no Brasileirão a começar por Kuki, do Náutico. O atacante alvirrubro entrou em campo apenas cinco vezes no campeonato, contando com o jogo histórico do fim de semana passado, em que se tornou o atleta a mais vestir a camisa do Timbu: 386 atuações. Outro experiente a entrar pouco nos gramados foi Leonardo, ex-Flamengo e Paraná, que está defendendo o Avaí. Ele se recuperou de lesão e já entrou duas vezes em campo. Também no clube catarinense, Cristian, ex-Atlético-PR, atuou em cinco partidas.

Há dois anos no Flamengo, o argentino Maxi Biancucchi não consegue se firmar e fez apenas quatro partidas no Brasileirão 2009. O primo de Messi está constantemente em listas de dispensa, mas acaba sempre ficando. Quem dificilmente fica na Gávea é o garoto Bruno Paulo (4 jogos), que exige um alto reajuste de salário, o que está inviabilizando a sua renovação de contrato.


Já Lenny, do Palmeiras (1 jogo), vinha sendo aproveitado até que sofreu uma fratura no pé direito. Com o time na liderança, ele pode acabar tendo poucas oportunidades no Palestra, pois a sua recuperação está no estágio final. Outros que poderiam se transferir ainda em 2009 são: Marquinhos, do Inter (4 jogos), Felipe Azevedo, do Santos (4 jogos), Zulu, do Atlético-PR (3 jogos), Luiz, do Barueri (5 jogos), Raul, do Goiás (2 jogos), Lincom, do Sport (2 jogos), e Osny e Malaquias, do Santo André (2 jogos para cada um).

Nenhum comentário: