sábado, 3 de outubro de 2009

Nova prova do Enem deve ser na segunda quinzena de novembro, diz MEC

Agência Brasil
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O Ministério da Educação deve anunciar na próxima terça-feira a nova data para a realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que foi cancelado por causa do vazamento da prova ocorrido nesta semana em São Paulo.

De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a prova deve acontecer na segunda quinzena de novembro, já que não haveria tempo para organizar a aplicação do exame já nos primeiros quinze dias do próximo mês.

O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Reynaldo Fernandes, que esteve reunido durante toda a tarde deste sábado com o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que o comitê gestor do Enem vai se reunir na segunda-feira com 55 reitores de universidades para definir a melhor data para a realização do exame.

Ele não descartou a possibilidade de a prova ser realizada em um dia de semana devido à dificuldade de conciliar a nova data do Enem com os vestibulares. Fernandes acrescentou que a nova prova já está pronta e guardada em um local seguro no Inep.

Neste domingo ocorrerá outra reunião entre representantes do ministério e do Inep para discutir questões ligadas à logística e à segurança das informações do Enem.

Já a reunião entre os diretores do Connasel (Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção), representantes do ministério e do Inep para reorganizar a logística da aplicação da prova deve ser retomada na segunda-feira. Iniciada ontem, a reunião foi suspensa de madrugada. Os diretores do Connasel pediram um prazo para apresentar novas propostas.

Vazamento

O jornal "O Estado de S. Paulo" informou ao ministro da Educação que foi procurado quarta-feira (30) por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas do Enem que entregaria em troca de R$ 500 mil.

O Connasel foi formado para participar da licitação do Enem 2009 e é composto pela Funrio, pela Consultec e pelo Instituto Cetro.

Aproximadamente 4 milhões de alunos se inscreveram para o exame que seria realizado neste final de semana. Não está descartada a hipótese de o Ministério da Educação cancelar o contrato de R$ 116 milhões com o consórcio Connasel, liderado pela Consultec.

O problema é que, caso rompa o contrato, não haverá tempo para fazer nova licitação e há o risco de não haver empresas interessadas em um contrato emergencial --o prazo exíguo para organizar o exame foi uma das principais críticas feitas ao MEC.

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