sábado, 17 de outubro de 2009

Uma disputa entre traficantes terminou em tiroteios e resultou em 12 veículos queimados, neste sábado, no Rio. Um helicóptero da PM foi derrubado pelos criminosos. De acordo com a polícia, três suspeitos foram presos. No total, os confrontos deixaram oito pessoas feridas e cinco mortas, entre elas dois PMs que estavam no helicóptero atingido.

Ricardo Moraes/Reuters
Traficantes queimam veículos na zona norte do Rio e derrubam helicóptero da Polícia Militar; dois policiais militares morreram
Traficantes queimam veículos na zona norte do Rio e derrubam helicóptero da Polícia Militar; dois policiais militares morreram

O tiroteio começou durante a madrugada, quando criminosos do morro São João tentaram invadir o morro dos Macacos, em Vila Isabel, em disputa pelos pontos de venda de drogas, de acordo com a PM. O morro São João é controlado pela facção criminosa Comando Vermelho, enquanto o morro dos Macacos, pela ADA (Amigos dos Amigos).

O helicóptero foi atacado por volta das 10h10, enquanto sobrevoava a região do morro São João e caiu em um campo de futebol na Vila Olímpica, em Sampaio. Segundo a PM, o piloto tentou fazer um pouso forçado, mas a aeronave explodiu já perto do solo. Dois policiais morreram na hora e quatro ficaram feridos, entre eles um atirador de elite que ficou conhecido no mês passado, quando uma comerciante foi mantida refém por um assaltante armado com granada.

Inicialmente, a polícia havia informado que quatro policiais estavam na aeronave, mas, depois, confirmou que eram seis ocupantes. Os dois PMs mortos pertenciam ao Grupamento Aéreo Marítimo, mas os nomes não foram informados.

Ficaram feridos, além dos quatro PMs que estavam no helicóptero, outros dois policiais do Batalhão da Tijuca, baleados no morro dos Macacos.

Cerco

A Polícia Militar montou um gabinete de crise no Batalhão da Tijuca e montou um cerco nos morros dos Macacos e de São João. Integram o grupo o coronel Mário Sergio Duarte, coronel Marcos Jardim do 1º Comando de Policiamento de Área da Capital, coronel Robson Rodrigues do Batalhão de Choque, o coronel do Bope (Batalhão de Operações Especiais) Luiz Henrique, além dos chefes do Estado Maior, coronel Álvaro Garcia e coronel Carlos Eduardo Milagres.

Em nota divulgada na tarde deste sábado, a polícia confirmou que os "ônibus incendiados foram ações orquestradas para facilitar a fuga dos criminosos" da favela.

Ao todo, dez ônibus foram incendiados, segundo João Augusto, presidente da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro). Um caminhão da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio) e um carro também foram queimados.

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