segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mário Torós deixa o Banco Central; Aldo Mendes será o substituto

O Banco Central confirmou na noite desta segunda-feira a saída de Mário Torós do cargo de diretor de Política Monetária e a indicação de Aldo Luis Mendes, atual presidente da seguradora Aliança do Brasil, para a função.

"O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, encaminhará ao Presidente da República a recomendação da indicação do nome de Aldo Luiz Mendes, 51, para ocupar o cargo de diretor de Política Monetária", diz o comunicado do BC, ressaltando que Torós pediu para sair do BC "por motivos pessoais" após dois anos.

Situação de Torós no BC é "insustentável", diz fonte do governo
Declarações de diretor do BC causam mal-estar no governo

A situação do diretor de Torós no cargo tornou-se "insustentável", na avaliação de uma alta fonte do governo que pediu para não ser identificada, após o diretor dar uma entrevista ao jornal "Valor Econômico" em que detalhou os bastidores da atuação do Banco Central durante o ápice da crise financeira, no final do ano passado.

Na entrevista, Torós citou que um dos principais problemas foi uma corrida bancária no país e detalhou as atuações do BC no mercado de câmbio para conter o que classificou de ataque especulativo. Já havia rumores no mercado de que Torós tinha intenção de deixar o BC.

Antes de presidir a Aliança do Brasil, Mendes passou oito anos na diretoria do Banco do Brasil. Neste período, ocupou as funções de diretor de Finanças, diretor de mercado de capitais e vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores. Ele também já exerceu o cargo de vice-presidente da Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro) e integrou os conselhos de administração da BM&F e da CPI (Central Interbancária de Pagamentos).

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