terça-feira, 10 de novembro de 2009

Presidente de Itaipu diz que chance de vendaval ter causado apagão é de 99%

BRASÍLIA - O presidente de Itaipu, Jorge Samek, afirmou nesta terça-feira que ter 99% de certeza de que um vendaval tenha sido a causa do apagão que atingiu Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo e derrubou todas as linhas de transmissão que partem da usina de Itaipu.

"Em Foz do Iguaçu hoje tivemos chuvas que derrubaram árvores de 40, 50 anos, como quem tira guarda-sol na praia". Itaipu é responsável por 20% da carga de energia do País e por isso é difícil compensar o corte no abastecimento com energia de outras usinas.

Segundo Samek, não há problema de geração de energia e sim de transmissão. Furnas é responsável pelo sistema de transmissão. Ainda segundo ele, quando isso acontece, um sistema de segurança é acionado para que a usina não gere energia sem transmitir. É o que se chama de "rodar no vazio".

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também disse que problemas atmosféricos são as prováveis causas do problema. Segundo Lobão, a energia começou a ser por volta de 23h40.

De acordo com o diretor de operação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luis Barata, a pane na energia aconteceu nos quatro Estados da região Sudeste: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. O ONS informou que em Minas Gerais a energia já foi totalmente restabelecida.

AE
Vista da região central de São Paulo durante um apagão desta terça

O presidente Lula estava numa reunião a respeito do pré-sal com governadores no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília.

Segundo ONS, um terço da carga de energia que circula no sistema elétrico brasileiro foi interrompido por falhas no sistema de transmissão. O ONS ainda informa que por volta das 23h30, a energia transmitida a partir de Itaipu voltou a "entrar" no sistema elétrico brasileiro.

Segundo o Operador, 17 mil megawats médios ficaram fora do sistema. Isso representa pouco mais de 30% de 55 mil megawats médio consumidos pelos brasileiros – equivalente ao consumo de São Paulo.

ONS, Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Ministério de Minas e Energia estão reunidos para discutir um esquema de emergência para reestabelecer a energia no País, segundo Antônio Carlos de Barros Mello, assessor especial do ministro Lobão.

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