sexta-feira, 11 de julho de 2008

InBev aumenta oferta por fabricante da Budweiser para US$ 50 bilhões

A InBev aumentou a oferta de compra à Anheuser-Busch, segundo informa a imprensa americana nesta sexta-feira, aumentando a possibilidade de um acordo entre as rivais. A empresa belgo-brasileira teria ampliado sua oferta de US$ 46,3 bilhões a US$ 50 bilhões.
Segundo o site do "Wall Street Journal", que cita uma fonte próxima ao caso, a InBev --nascida da fusão da belga Interbrew e a brasileira AmBev-- melhorou a proposta de US$ 65 para US$ 70 pela ação da Anheuser-Busch, fabricante da cerveja Budweiser.
Divulgação

Fabricante da Budweiser, a Anheuser-Busch presta queixa na Justiça contra InBev
As discussões entre os dois grupos teriam avançado recentemente graças ao apoio de vários acionistas da Anheuser-Busch, inclusive o mega-investidor Warren Buffett, que se declararam favoráveis à operação, afirmou por sua vez o "New York Times".
Buffett controla aproximadamente 5% do capital da cervejaria americana.
O mercado deu crédito a estas informações: a ação Anheuser-Busch subiu 7,99%, cotada a US$ 66,10, ou seja acima do preço inicialmente oferecido pela InBev, nas trocas eletrônicas anteriores à abertura da Bolsa de Nova York.
A ofensiva
No final do mês passado, a fabricante da Budweiser rejeitou a oferta da InBev por considerá-la "inadequada e em desacordo com os interesses dos acionistas". "A proposta da InBev subestima significativamente os ativos excepcionais e as perspectivas de nosso grupo", disse Patrick Stokes, presidente do conselho administrativo da Anheuser-Busch.
O executivo-chefe da InBev, Carlos Brito, disse que considera o valor oferecido por ação o preço justo e afirmou que o financiamento da oferta está assegurado. "Nossa oferta apresenta certeza em um contexto de enfraquecimento da bolsa", afirmou.
A Inbev fez a oferta à direção de Anheuser-Busch em 11 de junho passado, para formar a maior cervejaria do planeta, reiterando-a em 16 de junho, advertindo posteriormente a Anheuser-Busch contra uma aliança defensiva da cervejaria americana com o mexicano Grupo Modelo.
"A proposta da InBev se apóia em uma firme trajetória de expansão internacional, assim como em um crescimento e rentabilidade consistente", acrescentou o principal responsável da cervejaria. A fusão criará uma companhia "mais forte, mais competitiva no mercado mundial, com uma pasta de marcas imbatível e uma boa rede de distribuição", ressaltou Brito.

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