sexta-feira, 7 de março de 2008

Caos no Trânsito: Porto Velho tem quase um veículo para cada grupo de 3 cidadãos


Uma rápida consulta junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovou uma tendência cada vez mais assustadora: Existe quase um veículo para cada grupo de três cidadãos em Porto Velho.
A frota da Capital, segundo os dados do Detran-RO até fevereiro deste ano, já chega aos 119.566 veículos (carros e motos), enquanto que a população de Porto Velho, segundo estudos do IBGE realizados em abril do ano passado, não chega sequer aos 400 mil habitantes, pois estaria, até então, com 369.345 munícipes.
Leva-se aí em consideração o fato de que os dados do Detran são embasados apenas nos veículos registrados naquela autarquia, ignorando aí os milhares de veículos que chegam diariamente à cidade oriundos de outros municípios e Estados, o que eleva ainda mais a projeção desesperadora de condutores e autoridades.
No IBGE, a informação foi passada pela Supervisora de Disseminação de Informações, Socorro Castro, que confirmou ainda que este levantamento da população é feito a cada cinco anos. O próximo censo geral será realizado somente em 2010.
O tráfego na Capital está cada vez mais complicado, gerando cenas de inúmeros e sucessivos acidentes, muitas vezes com vítimas fatais. A falta de estrutura de trânsito, com ausência de ruas de escape, marginais, viadutos e rotatórias, de acordo com especialistas, se alia ao número assombroso da super frota para estimular o alto índice de violência nas vias.
Consultado sobre o assunto, o secretário Cláudio Carvalho, da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (Semtran) disse que existem projetos para “aliviar” o trânsito, mas que muitos dependem apenas da burocracia dos processos licitatórios.
“Temos projetos para criação das marginais, que vão contar com viadutos. Outros dão conta do desafogamento da Sete de Setembro e outras vias críticas. Só o projeto das marginais está orçado em aproximadamente R$ 60 milhões”, confirmou Cláudio, que não citou, no entanto, os prazos para o início destas obras.
O secretário disse ainda que vai ampliar o sistema de “sinal verde” que fora implantado em uma das mais “estranguladas” vias da cidade, a Carlos Gomes.
“Ali quando um sinal abre e o motorista mantendo a velocidade média, os sinais seguintes também estarão verdes, num sincronismo que visa dinamizar o fluxo de veículos e impedir os já defasados engarrafamentos”, detalha.
Os pontos mais críticos e que devem, urgentemente, passar por obras de saneamento, são, de acordo com a Semtran e com as estatísticas das autoridades de trânsito, o Trevo do Roque, o cruzamento da Jatuarana com BR-364 e Calama.

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