terça-feira, 25 de março de 2008

Vigilância sanitária recolhe carne aparentemente estragada do supermercado Irmãos Gonçalves em Porto Velho


Uma denúncia feita na Vigilância Sanitária Municipal, na manhã desta terça-feira (25), levou fiscais a apreenderem 18 kg de carne de costela supostamente estragada no supermercado Gonçalves, na rua Abunã, esquina com a Gonçalves Dias.

Por volta de 10h30, dois fiscais do município estiveram nas dependências do supermercado, onde constataram que a costela exposta no balcão do açougue estava com coloração anormal (esverdeada), além de exalar mau cheiro. A apreensão foi feita através do termo da Vigilância Sanitária, nº 2065.

O balcão frigorífico onde se encontrava a carne foi interditado através do termo nº 2066, sendo solicitada a reforma do mesmo. Todos os produtos que se encontravam no balcão como, peito de frango, costela e outros foram retirados e acondicionados.

LAUDO
De acordo com a chefe da Divisão de Alimentos da Vigilância Sanitária do Município, Iete Baleeiro Back, somente após o laudo visual macroscópico, realizado por técnico, que irá analisar todas as características organolépticas (cor, textura, odor e viscosidade) será confirmado oficialmente se a carne realmente está estragada.

“À tarde o laudo será realizado pelo nosso técnico de controle de qualidade dos alimentos, e depois poderemos confirmar se realmente o produto está estragado”, explicou Iete. A chefe de Alimentos confirmou que visualmente e também o odor não fazem parte das características que confirmam o bom estado do produto, porém foi enfática ao dizer que não pode afirmar se a carne está estragada.

PENALIDADE
Questionada sobre as penalidades que o estabelecimento comercial pode sofrer se o laudo confirmar estado impróprio para o consumo humano da carne, Iete Baleeiro afirmou que a única coisa a Vigilância poderia fazer, já fez, ou seja, fazer a interdição do balcão frigorífico, isolar as carnes e solicitar melhorias.

Quanto a aplicação de multas, Iete revelou somente o Conselho de Julgamento das Irregularidades Sanitárias, composto por técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), poderia aplicar multas. Porém, até hoje, por falta de regulamentação, este conselho não existe.

Até dezembro de 2003, a Vigilância do Município utilizava um código nacional para aplicar as multas, porém após a criação do Código Sanitário do Município, criado em dezembro de 2003, somente o Conselho teria poder para aplicar estas multas, ou outras penalidades.

“Desde dezembro de 2005, enviamos uma Minuta da formação do Conselho para a Semusa, porém até hoje, não houve retorno da Procuradoria Geral do Município (PGM) nem da Semusa”, ressaltou Iete Baleeiro.
Caso o cidadão, que se sentiu lesado e fez a denúncia, queira penalizar o supermercado, este pode através de denúncia no Procon, lembrou a chefe de Alimentos.

GONÇALVES
O Rondoniaovivo tentou entrar em contato com a administração do grupo Gonçalves pelo telefone 3025-2733. Por telefone, o repórter foi informado que quem poderia dar maiores informações seria o diretor de marketing do supermercado, mas o mesmo se encontrava em reunião. Foi solicitado que a reportagem ligasse dentro de 20 minutos.
Passado o tempo solicitado, em nova ligação telefônica, o repórter foi informado que o diretor se encontrava em horário de almoço.
rondoniaovivo.com; foto: Paulo Andreoli

Nenhum comentário: