Vereador continua foragido da Justiça

A Polícia Civil continua à procura do vereador de Teixeirópolis Mário Alves da Silva, o Mário Catete, do PMDB, acusado de envolvimento no assassinato do vereador José Pereira de Matos, do PT, ocorrido no dia 6 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas deste ano. José Matos foi assassinado com um tiro de espingarda calibre 28, ao deixar uma propriedade rural na vicinal 28. Assim que foram iniciadas as investigações, a Polícia Civil prendeu na Linha onde o vereador petista foi executado o agricultor José Pereira de Souza, o “Zezão”, que tinha em poder dele quatro espingardas. Zezão negou o crime, porém permaneceu preso devido a um mandado de prisão contra ele em aberto, expedido em setembro de 2003, pela Comarca de Ouro Preto do Oeste. Zezão é acusado de um outro homicídio ocorrido em 2000, em Teixeirópolis, no qual foi vítima Vicente Paulo Xavier. De acordo com o delegado José Luiz Moreira, a investigação da polícia chegou ao vereador Mário Catete quando investigava outro assassinato, ocorrido em janeiro no centro de Teixeirópolis, em que Patrick Borges, de 22 anos, foi assassinado com três tiros de revolver calibre 38. Através de quebra de sigilo telefônico, a polícia flagrou o envolvimento de Catete com o PM Mayqui Paulo, 26, lotado no grupamento militar da cidade, com o ex-PM Levy Santana e com Josimar Alves da Silva, de Ji-Paraná, acusado de envolvimento no assassinato de Patrick. Em ação de cumprimento de mandados de prisões temporárias, no último dia 6, a polícia prendeu Mayqui o ex-PM e Josimar, mas o vereador fugiu antes da chegada do efetivo policial que contou com 25 agentes. Mário se elegeu em 2004 com 203 votos, e se continuar foragido pode perder o mandato, já que o Regimento da Casa determina que para se ausentar da cidade por prazo superior a 15 dias, o parlamentar tem de ter uma autorização do Legislativo. Segundo a polícia, o vereador executado impedia que o PMDB de Catete, indicasse o candidato a vice-prefeito do PT na cidade.