Diferentemente de outras revistas direcionadas ao público masculino americano naquela época, a PLAYBOY foi pioneira em mostrar mulheres totalmente nuas. Então, o segundo passo foi contratar uma pequena equipe, jovem e entusiasmada: dois redatores, um diretor de arte e mais pessoas para cuidar da publicidade e assinaturas da revista. Quase que instantaneamente PLAYBOY se tornou o maior fenômeno editorial da imprensa americana de revistas da década de 50. Começou a comercializar sua marca em 1956, com a venda das famosas abotoaduras no formato de cabeças de coelho. Foi neste mesmo ano que o primeiro pôster na página central foi publicado na edição de março de 1956: uma fotografia de Marian Stafford. Em 1959 atingiu um milhão de cópias vendidas mensalmente. Em 1960 inaugurou o primeiro PLAYBOY CLUB na cidade de Chicago. Rapidamente, essas boates, com suas garçonetes vestidas de coelhinhas, se expandiram por todo o país. Por mais de 20 anos fizeram sucesso, chegando a ter 2.5 milhões de associados, antes de serem fechados na década de 80. As famosas entrevistas feitas pela revista começaram em 1962 com o trompetista Mile Davis. Ao longo dos anos, personalidades famosas e marcantes como Jimmy Carter, Fidel Castro, Malcom X, Salvador Dali, Martin Luther King, Yasser Arafat, Muhammad Ali, Orson Welles, entre outros, concederam entrevistas históricas para a revista.
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Durante todos esses anos várias beldades estiveram estampadas nas capas da revista: Jayne Mansfield (1956), Sophia Loren (1957), Brigitte Bardot (1958), Kim Novak (1959), Elizabeth Taylor (1963), Ursula Andress (1965), Jane Fonda (1966), Joan Collins (1969), Vanessa Redgrave (1969), Linda Evans (1971), Jane Seymour (1973), Melanie Griffith (1976), Raquel Welch (1977), Farrah Fawcett (1978), Margaux Hemingway (1978), Nastassja Kinski (1979), Bo Derek (1980), Mariel Hemingway (1982), Kim Basinger (1983), Sonia Braga (1984), Madonna (1985), Brigitte Nielsen (1985), Janet Jones (1987), Cindy Crawford (1988), Latoya Jackson (1989), Sharon Stone (1990), Mimi Rogers (1993), Elle Macpherson (1994), Drew Barrymore (1995), Nancy Sinatra (1995), Samantha Fox (1996) e Carmen Electra (1996). A atriz americana que apareceu mais vezes na capa da revista foi Pamela Anderson (10 vezes, entre outubro de 1989 e julho de 2001).
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A PLAYBOY TV, lançada em 1982 como o nome de PLYABOY CHANNEL, está disponível em 113 milhões de lares somente nos Estados Unidos, e disponível em países como Brasil, Canadá, Nova Zelândia, Espanha, Inglaterra, Irlanda e Noruega. Em 2002 foi lançada a PLYABOY RADIO.
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Um lugar de sonhos! É assim que pode ser definida a Mansão Palyboy (Playboy Mansion), morada que exala sexualidade e libertinagem, onde mora Hugh Hefner. A propriedade não poderia estar localizada em outra cidade: Los Angeles. Construída em falso estilo Tudor, a mansão, situada no subúrbio chique de Holmby Hills, ocupa um terreno ajardinado de 2.4 hectares que Hefner comprou por US$ 1.05 milhões em 1971, segundo o site da empresa. A mansão, que conta com 22 quartos, adega de vinho, quadra de tênis, cachoeira, zoológico particular e aviário, já foi palco de milhares de festas, muitas delas inesquecíveis, ao longo dos anos, atraindo convidados que curtem o ambiente de diversão livre, principalmente na lendária piscina da gruta subterrânea. “Sou o homem mais sortudo do mundo”, costuma dizer Hugh. Como prova, ele menciona as três namoradas que dividem a mansão com ele – as oxigenadas Holly Madison, de 26 anos, Bridget Marquardt, 32, e Kendra Wilkinson, 21, estrelas de The Girls of the Playboy Mansion, um reality show da televisão americana. Hoje em dia a mansão freqüentemente é alugada para eventos de entretenimento promovidos por empresas.
Os ares de nostalgia que sopraram nos Estados Unidos nos últimos anos trouxeram junto o retorno de um dos ícones mais kitsch e libertinos do país: o PLAYBOY CLUB. O retorno triunfal do multimilionário Hugh Hefner aos clubes não poderia ter um cenário mais apropriado do que Las Vegas, a cidade do vício, que em agosto de 2006 assistiu à inauguração de umestabelecimento que funciona como clube e cassino. Com o novo empreendimento, construído em associação com o Palms Cassino Resort ao preço de US$ 15 milhões, a PLAYBOY espera obter US$ 4 milhões por ano e, sobretudo, voltar a gravar seu clássico emblema na mente de milhões de pessoas. Desde o fechamento do seu clube de Manila (Filipinas) em 1991, a indústria do pornô e as reivindicações feministas colocaram a PLAYBOY em uma encruzilhada que trouxe muitos prejuízos para a empresa ao longo dos anos. A PLAYBOY recebe seus visitantes com um coelho gigante de dez metros pendurado na parte mais alta da fachada do clube, que foi iluminado para marcar o início de uma nova era do império mais reluzente no mundo masculino. Os convidados do novo cassino, que fica nos últimos três andares do hotel-cassino Palms, têm a oportunidade de entrar na cobertura que serve como clube noturno (contendo restaurante, bar, lounge e boate), através do pagamento de US$ 40. A capacidade do clube é limitada a apenas 500 pessoas. Os três andares são repletos de ícones do universo PLAYBOY que vão desde os botões em formato de coelhinha nas almofadas até o papel de parede: uma colagem de fotografias mostrando todas as mulheres que ilustraram os pôsteres centrais da revista nas últimas duas décadas. Como não podia deixar de ser, a beleza feminina está por todas as partes do clube. Cerca de 60 telas de plasma espalhadas pela boate mostram imagens de making-of de sessões de fotos eróticas feitas para as páginas da revista. Enquanto uma parte das belas garçonetes estão vestidas com a tradicional fantasia de coelhinha, outras estão trajando uma versão da fantasia criada pelo estilista italiano Roberto Cavalli. A empresa tem intenção de inaugurar novos cassinos em outras partes do mundo, como Londres, Macau e Caribe.
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Mais do que editor, Hugh Hefner é o perfeito garoto-propaganda (se é que se pode falar assim de um octogenário) da marca PLAYBOY. É nesse papel que ele aparece no programa The Girls of the Playboy Mansion: o bon vivant que namora três jovens mulheres tão belas quanto avoadas (ele já teve sete namoradas, mas achou aconselhável fazer o que chama de downsize). Sobrevivente de dois casamentos, jura que foi fiel às suas mulheres enquanto durou o matrimônio. Mas não quer repetir a experiência. “É mais fácil lidar com três namoradas do que com uma esposa”, diz. Hugh Hefner se considera um dos papas da revolução sexual que varreu o mundo há umas quatro décadas. Todavia, ele era um protótipo do americano bem comportado, com família estável, boa carreira e uma casinha, trabalhando em revistas comportadas, como a Esquire ou a Children´s Activities, quando ele resolve aloprar de vez e lançar uma revista dirigida ao público masculino, com dicas de moda, comportamento, entrevistas e, principalmente, mostrando mulheres nuas. Em um país de formação puritana como os Estados Unidos, o bom e velho sexo para fins recreativos sempre foi um assunto marginal, e até idos dos anos sessenta qualquer material erótico tinha um quê de clandestino. Claro que havia as pin-ups, mas essas, por maior que fosse o apelo sexy, não apresentavam nudez total nem parcial. Por isso, revistas masculinas “sérias” falavam de tudo, menos do que realmente importava: mulheres. Se um jovem queria ver uns peitinhos, tinha que apelar para material pornográfico, de circulação restrita e quase ilegal. E foi esse nicho que o jovem resolveu explorar.
● Lançamento: dezembro de 1953
● Criador: Hugh Hefner
● Sede mundial: Chicago, Illinois
● Proprietário da marca: Playboy Enterprises Inc.
● Capital aberto: Sim
● Chairman & CEO: Christie Hefner
● Presidente: Bob Myers
● Editor chefe: Hugh Hefner
● Faturamento: US$ 380 milhões (2006)
● Edições internacionais: 28
● Presença global: 130 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 800
● Circulação: 6 milhões revistas/mês
● Segmento: Entretenimento
● Principais produtos: Revistas e produtos licenciados
● Ícones: O coelho e as belas Playmates
Atualmente a revista é publicada em 28 países como Argentina (1985), Brasil (1975), Bulgária (2002), Croácia (1997), República Checa (1991), Alemanha (1972), França (1973), Grécia (1985), Hungria, Japão (1975), México (1976), Holanda (1983), Polônia (1992), Romênia (1999), Rússia (1995), Sérvia (2004), Eslovênia (2001), Espanha (1978), Ucrânia (2005) e Venezuela (2006), tendo somente nos Estados Unidos cerca de 10 milhões de leitores, atingindo um total de 18 milhões em todo o mundo, sendo a revista masculina mais vendida do planeta com cerca de 6 milhões de unidades comercializadas por mês (3 milhões somente nos Estados Unidos). A revista deu origem a um império com mais de 2.500 produtos, programas e publicações, canal de televisão e uma rádio, que hoje em dia chega a mais de 130 países no mundo todo, faturando cerca de US$ 380 milhões.
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Você sabia?
● A maior edição da revista foi lançada em 1979, em comemoração aos 25 anos da revista, contendo 414 páginas.
● A atriz Ilka Soares foi a mulher brasileira mais velha a posar para a revista. Tinha 52 anos em 1984, data do ensaio. Nos Estados Unidos, a façanha coube à Nancy Sinatra, filha do cantor Frank Sinatra, que despiu-se aos 54 anos, em 1995.
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As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
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