quinta-feira, 24 de abril de 2008

Cosan anuncia compra da Esso no Brasil por US$ 826 milhões

A Cosan, maior empresa de açúcar e álcool do Brasil, informou nesta quinta-feira ter fechado contrato ontem para aquisição dos ativos na Esso no Brasil, por US$ 826 milhões. Além dos 100% do capital social da Esso Brasileira de Petróleo, a aquisição inclui os ativos de distribuição e comercialização de combustíveis bem como de produção e comercialização de lubrificantes.
A Petrobras era uma das favoritas no negócio e já havia manifestado a intenção de levar a Esso. Segundo fontes do mercado, a oferta da petrolífera brasileira era de cerca de US$ 1 bilhão. Na semana passada, o Ministério Público Federal manifestou preocupação com a concentração de mercado caso o negócio fosse fechado.
Além do pagamento de quase US$ 900 milhões, o acordo também prevê a assunção de dívidas de US$ 163 milhões. Com a aquisição, a empresa pretende se tornar o "primeiro player de energia renovável explorando desde o plantio da cana-de-açúcar até a distribuição e comercialização de combustíveis no varejo e atacado".
A Cosan afirma que deve utilizar os US$ 310 milhões obtidos em sua operação recente de aumento de capital para financiar a operação, além de financiar o restante do pagamento pelos ativos da Esso Brasileiro de Petróleo.
A empresa justifica a aquisição, entre outros motivos, por observar um processo de consolidação no setor brasileiro de distribuição de combustíveis: as cinco maiores empresas respondem por 76% do volume total comercializado.
"A própria fragmentação do mercado produtor de etanol, o reduzido número de grandes distribuidores que compram etanol e o acesso ao consumidor final através da rede de postos Esso são elementos chaves que tornam a presente aquisição estratégica para a Cosan", afirma a diretoria da empresa, em comunicado ao mercado.
Ativos
O acordo prevê a aquisição das atividades de distribuição de combustíveis tanto no atacado quanto no varejo --por meio de 1.500 postos em 20 Estados--, assim como o fornecimento para as companhias de aviação, realizada em sete aeroportos brasileiros (Guarulhos, Galeão, Campinas, Brasília, Pampulha, Recife e Curitiba).

Os ativos adquiridos também incluem uma planta industrial no Rio de Janeiro, além da participação majoritária no terminal de Duque de Caxias.

Nenhum comentário: