quarta-feira, 30 de abril de 2008

No Uruguai, Tricolor enfrenta pressão e resultados negativos

O São Paulo inicia nesta quarta-feira a disputa das oitavas-de-final da Copa Libertadores da América. O adversário: o tradicional Nacional, do Uruguai, tricampeão continental. O jogo será realizado a partir das 22 horas, no caldeirão do estádio Parque Central, que tem capacidade para apenas 15 mil espectadores.
Além da pressão, o São Paulo entra em campo para superar o trauma das péssimas atuações como visitante na Libertadores. Até o momento, o Tricolor soma fora de casa dois empates, contra Atlético Nacional, da Colômbia, e Sportivo Luqueño, do Paraguai, e a derrota diante do Audax Italiano, do Chile, em uma atuação irreconhecível da equipe. Para complicar, o Nacional tem 100% de aproveitamento em seus domínios.
“Vamos precisar de concentração, jogar com inteligência para alcançar um bom resultado. Agora, são dois jogos decisivos. Temos que administrar bem esse primeiro confronto, pois a classificação não será decidida agora”, opina o meia Jorge Wagner.
A partida desta quarta-feira será especial para o goleiro Rogério Ceni. Titular no clube desde o meio da década de 90, o arqueiro completa 800 apresentações pelo São Paulo. O camisa um é o jogador que mais atuou pelo Tricolor em toda a história.
“É difícil completar 800 jogos no futebol atual, todos pelo São Paulo. Tem que dar os parabéns. A carreira dele é vitoriosa. É para se admirar. Ele chegou de forma merecida a esse nível de reconhecimento, merece ter tudo”, elogia Jorge Wagner.
A escalação do São Paulo deverá ser anunciada apenas momentos antes da partida. Na zaga, Zé Luis aparece como opção para atuar ao lado de Alex Silva e Miranda, já que o titular André Dias está no departamento médico. Na lateral-direita, a grande dúvida. No último coletivo antes da viagem ao Uruguai, Muricy Ramalho testou duas opções: o jovem Éder e Jancarlos, que pode fazer sua estréia pelo Tricolor após mais de um mês de treinos.
“É claro que existe uma ansiedade neste momento, mas sei que estou preparado para jogar. Vamos esperar a definição do professor”, avisa Jancarlos, que assume a vaga de Carlos Alberto na lista são-paulina da Libertadores.
Duelo - A expectativa é que as duas equipes priorizem as jogadas aéreas até para aproveitar as dimensões acanhadas do estádio Parque Central. No São Paulo, cinco dos seis gols na Libertadores foram marcados de cabeça. No Nacional, a referência é centroavante Richard Morales, de 1m96.
“A esta altura do torneio, todas as equipes se conhecem. Não creio que haverá surpresas. Sei da força do nosso adversário nos cruzamentos”, reconhece o treinador do time uruguaio, Gerardo Pelusso. “Tentaremos aproveitar algumas falhas do São Paulo”, emenda o técnico, que insistiu em cutucar o bicampeão brasileiro nos últimos dias.
Na escalação do Nacional, a grande dúvida está no meio-campo. Pelusso deve escolher entre Cardacio ou Arismendi para tentar bloquear as laterais do São Paulo, principalmente o lado esquerdo, que conta com o preciso Jorge Wagner.
FICHA TÉCNICA: NACIONAL-URU x SÃO PAULO-BRA Local: Estádio Parque Central, em Montevidéu (Uruguai) Data: 30 de abril de 2008, quarta-feira Horário: 22h00 (de Brasília) Árbitro: Rubén Selman (CHI) Assistentes: Osvaldo Talamilla e Sergio Román (ambos chilenos)
NACIONAL: Viera; Caballero, Victorino, Barone e Romero; Cardacio (Arismendi), Oscar Morales, Bertolo e Ligüera; Richard Morales e Fornaroli. Técnico: Gerardo Pelusso
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Zé Luis, Alex Silva e Miranda; Éder (Jancarlos), Hernanes, Richarlyson, Éder Luís e Jorge Wagner; Borges e Adriano. Técnico: Muricy Ramalho.

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