sexta-feira, 18 de abril de 2008

Demanda por CR-V 'encarece' novo Honda Accord

Honda passou a produção do sedã para o Japão, que não tem acordo com o Brasil.Com a alíquota de 35% de importação, versão EX vai para R$ 144.500.

Honda quer vender mais de 2 mil unidades do Accord no mercado nacional (Foto: Divulgação)
Para atender a alta demanda do crossover CR-V no mundo, a Honda Automóveis precisou mudar a estratégia de distribuição de seus produtos, o que deixou o novo Honda Accord mais caro — a oitava geração do sedã de luxo é importada do Japão e a geração anterior era fabricada no México. Como o Japão não tem acordo automotivo com o Brasil, o carro vem com uma alíquota de importação de 35% embutida no preço.

Assim, a versão LX-L4 passou de R$ 89.700 para R$ 99.800 (aumento de 11%) e a EX-V6 de R$ 134.700 para R$ 144.500 (acréscimo de 7%).

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- Honda lança no Brasil CR-V 2008 em duas versões - Honda apresenta o novo sedã AccordA grande mudança foi o início da fabricação do CR-V na planta mexicana de El Alto, que parou de produzir o Accord. Segundo a Honda, a estratégia está em abastecer melhor mercados como os Estados Unidos e o Brasil, que possuem acordo com o México. Somente no Brasil, a Honda prevê a venda de 9 mil unidades do crossover até o final desse ano, sendo 6.472 unidades do LX 2WD, que é considerado uma versão de entrada da linha.


Honda CR-V é produzido na planta mexicana de El Alto, que parou de fabricar o Accord (Foto: Divulgação)

De acordo com o gerente geral comercial da Honda no Brasil, Alberto Pescumo Filho, no caso do Accord o objetivo é vender mais de 2 mil unidades no mercado nacional este ano, volume bem mais baixo que o do crossover. “Em 2007, foram vendidas 1.703 unidades. E, com a nova geração, queremos focar as vendas no modelo EX”, afirma o gerente.
Inovação está no motor
Itens de luxo à parte, a versão EX-V6 traz como inovação a tecnologia VCM (sigla em inglês para gerenciamento variável dos cilindros), que equipa o motor 3,5l, i-VTEC 24V, com potência de 278 cv (38 cv a mais do que a última geração) a 6.200 rpm e 34,6 kgfm de torque a 5.000 rpm. O sistema faz a troca automática do uso de três, quatro e seis cilindros, dependendo da situação. “As três configurações permitem três diferentes potências, torques e tipos de consumo de combustível. Quem trafega na cidade, por exemplo, só vai precisar de seis válvulas se tiver de fazer uma forte arrancada”, explica o gerente de pós-venda da Honda, Alexandre Cury.

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