A disputa por terra na Gleba Jacundá, na região polarizada pela Vila Samuel, município de Candeias do Jamari, continua. Na última quarta-feira os sem-terra tentaram levar para o acampamento equipamentos doados pelo Ibama (serra-fita e grupos geradores), mas foram impedidos pelos moradores da vila e por posseiros. Ontem o presidente da Associação dos Moradores da Linha 45 Antônio Rocha Neto, morador na região há 12 anos, o lavrador Nédson Antônio Xistiuk e o comerciante da Vila Samuel Paulo Luiz da Silva, estiveram na redação da Folha alertando para o problema, e da possibilidade de conflito entre sem-terra, posseiros e moradores da vila. Os sem-terra há mais de 30 dias bloquearam a Linha 35, a 15 quilômetros da Vila Samuel. “Só passa quem eles querem” disse Antônio Neto. Na última quinta-feira um grupo deles veio até a vila para preparar a mudança do acampamento e mudar o ponto de bloqueio da Linha 35, para a Linha 45, nas imediações da usina de Samuel, entre a balsa e a Vila Samuel. Mas foram impedidos pelos moradores da vila e pelos posseiros que bloquearam a passagem durante cerca de três horas. As polícias (Militar e Florestal) tiveram que intervir para evitar violência, mas a manifestação foi pacífica entre as partes, que se respeitaram. Antônio Rocha reclamou do tratamento diferenciado da polícia. “Os sem-terra fecharam a Linha 35 há mais de 60 dias e não apareceu ninguém para garantir o nosso direito de ir e vir. Hoje em menos de três horas apareceram duas viaturas da PM e três da Polícia Ambiental”, argumentou.
sábado, 12 de abril de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário