segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Rondônia, seu povo, seus políticos - Por Roberto Kuppê

Em particular, estou magoado com um empresário "educador", da Capital, que me vendeu uma área que está em litígio. Nesta área o Instituto Matheus Moraes ia construir um complexo cidadão, composto por

RIO DE JANEIRO- Nos últimos dias, venho ensaiando tomar uma decisão radical, agendada para acontecer no dia 24 de dezembro, véspera de Natal, o Dia D. Tudo por conta da decepção que estou tendo com parcela da sociedade, sobretudo, com os políticos da região. Não que me tenham feito nada de grave. Eu não penso em mim. Penso na coletividade. Defendo o povo pobre, carente e injustiçado de Rondônia. }

Estes não têm defesa. Os políticos que elegeram viraram-lhes as costas. Em particular, estou mago0oa com um empresário "educador", da Capital, que me vendeu uma área que está em litígio. Nesta área o Instituto Matheus Moraes ia construir um complexo cidadão, composto por escolas, quadras poliesportivas, creches, etc. Este sonho está indo por águas abaixo. Lamentavelmente. Se dizem que o Brasil não é um País sério, imagina Rondônia. Trata-se de uma anomalia perniciosa que contaminou o tecido social da sociedade rondoniense, desde os primórdios mais longíquos, que remontam seu processo de formação histórica. Na verdade criou-se um caldo de cultura política, que permeia todos os segmentos sociais, marcado por padrões comportamentais, que reforçam dia-a-dia o atraso, o conservadorismo e uma forma de conceber a realidade sempre com atitudes oportunistas e, até mesmo inescrupulosas, dependendo do grau de interesse financeiro que estiver em jogo. Essa situação de desordem moral, do ponto de vista da relação do Estado Rondoniense com a sociedade como um todo, lembra a obra clássica de Hobbes, O Leviatã, escrita no século XVII, que defende que “O Homem é o lobo do homem”. Ë uma afirmativa que cabe perfeitamente ao contexto histórico que estamos vivendo em Rondônia, em pleno século XXI, ainda somos obrigados a conviver com os resquícios da Barbárie, onde as pessoas não se respeitam, não existem princípios éticos e morais, vale tudo, as traições, o jogo sujo, as puxadas de tapete, tornaram-se um hábito cultural generalizado, tudo em nome da ganância financeira, é a “lei do Cão” sendo oficialmente Institucionalizada.

É possível fazer uma comparação do “Estado Rondoniense” com um doente em estado terminal, que sofre de arteriosclerose múltipla, um corpo totalmente paralisado, em estado vegetativo. Digo isso, pensando no comportamento de sua classe política, conservadora e atrasada, que só representam os seus interesses próprios ou de grupo e não da coletividade, que vivem as sombras da miséria e da pobreza. São esses políticos que deveriam ser os representantes do povo, só que, no entanto, promovem no seio da sociedade uma estilo atípico de “luta política” onde defendem apenas os interesses de uma família, de Clã ou de oligarquia. E, o pior, ainda prevalecem-se de um poder quase magnâmino, pois exercem uma acentuada influência, numa implícita relação incestuosa, em todos os outros poderes constituídos dentro da estrutura do Estado, estes por sua vez, interage provocando uma sinergia, e o resultado disso tudo é a paralisia da burocracia do “Estado dito Burguês”, que mantém uma convivência íntima e, ao mesmo tempo, contraditória entre os agentes sociais que trabalham dentro da máquina administrativa, operacional e financeira, na figura de “funcionário público” da estrutura burocrática do Estado, trazendo consigo, inconscientemente, uma formação cultural, que é um produto do meio em que vivem, porém, marcada por padrões comportamentais típicos da idade média.

Nesse caso, surge a categoria dos tecnocratas, formada em sua maioria por funcionários públicos, que trabalham nas repartições públicas do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário das três esferas de Poder (federal, estadual e municipal), que são responsáveis por práticas, que são um meio de reprodução contínua de relações sociais e trabalhistas viciadas por todo esse contexto de desordem moral e ética da sociedade rondoniense.

Podemos recorrer, nesse caso, a classificação sociológica feita por Michel Foucault, em seu célebre livro “A Microfísica do Poder”, onde chama esses tecnocratas de os “pequenos Mandarins da sociedade”, pois os mesmos, estão presentes em toda parte, feito uns vermes e bactérias que podem, sem dúvida nenhuma, provocar até mesmo uma arteresclerose múltipla, não apenas num cidadão dotado de direitos constitucionais mas, também, impregnar a estrutura de funcionamento da máquina administrativa de qualquer Instituição pública do Estado e, conseqüentemente, garantir manutenção do “status quo”.


Esse quadro lastimável é, simplesmente, a subversão dos quatros pilares clássicos da filosofia: Razão, Lógica, Ética e Moral. Rondônia, por que resistes ao Progresso? Por que seu povo é assim? Por que os políticos nao te amam? Roberto Kuppê

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