segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

FH: 'Não vou mentir e dizer que não fiquei magoado', Goleiro, que pode ser envolvido em uma troca por Felipe, do Corinthians, diz que merecia

Fernando Henrique pode ser envolvido em uma troca por Felipe

Rafael Cavalieri RIO DE JANEIRO Entre em contato
Carini, Juan Castillo, Hélton, Bobadilla, Fábio Costa, Ochoa e, agora, o principal alvo é Felipe. Todas essas especulações mexeram com Fernando Henrique, atual camisa 1 do Fluminense. O goleiro não expressa raiva ou tristeza com a diretoria.

Mas, sempre sincero e falando o que pensa, admite uma ponta de mágoa por não receber o crédito após a importante participação na vitoriosa campanha da Copa do Brasil deste ano.

Com uma carreira construída na base da superação, já que até hoje é visto com desconfiança por boa parte da torcida mesmo após 154 jogos com a camisa tricolor, o goleiro tem nova motivação. Nesta entrevista exclusiva ao LANCE!, Fernando Henrique conta que espera aprender com esse episódio e mostrar, mais uma vez, a capacidade de se superar, seja no Fluminense ou no Corinthians, com quem diz estar praticamente acertado.

LANCE!: Vamos ser sinceros: essas especulações de goleiro incomodam? Foram quase dez nomes diferentes procurados.
FH: Acho, sim, que merecia mais crédito, mas infelizmente isso não está acontecendo. Não estou triste e nem com raiva. Minha cabeça está tranqüila, mas não vou mentir e dizer que não fiquei um pouco magoado. Mas quem manda são eles. Eu só lamento porque toda vez que um nome é especulado sentimos uma desconfiança. Acontece que sempre me superei e vou fazê-lo novamente. Aqui ou no Corinthians.

L!: O que mais te incomoda?
FH: Eles dizem estar atrás de um goleiro experiente. Mas eu já provei na minha carreira que experiência nunca faltou. São quase 160 jogos com a camisa do Fluminense, além de boas passagens pelas categorias de base da Seleção Brasileira, além de já ter jogado na Seleção principal. Capacidade para jogar a Copa Libertadores já provei que tenho.
L!: Você acha que Ricardo Berna e Diego, os outros goleiros do Fluminense, também se incomodam com as especulações?

FH: Acho que devem ficar, sim, principalmente porque fizeram um bom trabalho. Este ano, o Diego não teve oportunidades na equipe, por isso falo pelo Ricardo Berna. Toda vez que ele foi solicitado, entrou bem e correspondeu.

L!: Agora o seu nome também faz parte das especulações. Como voc ê vê a possibilidade desse trocatroca com o Corinthians que envolve o Felipe?
FH: O importante é isso: eu tenho mercado. O pessoal do Corinthians me procurou, mesmo tendo o Felipe como principal jogador. Meu empresário (Richard Alda) já me passou que está tudo certo entre nós. Falta apenas o acordo entre os clubes. O próprio presidente do Corinthians tocou a negociação. Foi o que eu disse: se tiver de jogar lá, vou provar minha capacidade. Se continuar, vou lutar pela camisa 1 tricolor como sempre fiz.

L!: Você mostrou um amadurecimento grande este ano. Essa procura do Corinthians prova isso?
FH: Foi o ano mais marcante da minha carreira. Eu saí do buraco. Conquistamos um título importante, o rendimento não caiu e terminamos entre os quatro primeiros do Brasileiro. Isso influencia. Jogador vencedor é muito mais valorizado. Deve ser por isso que me procuraram.
L!: Como está sendo esse final de ano? Parecia que seria tranqüilo, mas você mesmo já disse que incomoda tanta especulação. O que fazer para esquecer isso?

FH: Só a família, mesmo, para ajudar. Minha noiva, Vanessa, sempre me deu muito apoio. Ela mudou a minha vida. Nos momentos difíceis, sempre esteve do meu lado, tanto que tatuei seu nome no meu braço direito. Só ela sabe como foi o ano passado, quando o time estava mal e eu fui para o banco de reservas. A Vanessa sempre me diz para manter a cabeça no lugar, e é o que vou fazer. Vou manter a calma e ver o que será melhor.

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