KEITY ROMA - - Mato Grosso teve a segunda posição nacional em percentual de mortes violentas registradas no ano passado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou ontem o estudo Estatísticas do Registro Civil 2006 e apontou que os índices mais altos de óbitos violentos são referentes às regiões da fronteira agrícola na Amazônia. No Estado, foram registradas 1.931 mortes por homicídios, acidentes de trânsito, suicídio e acidentes no trabalho. Entre as vítimas, 1.642 eram homens.
A cada 100 óbitos registrados em Mato Grosso, 22,2 foram por causas não naturais, de acordo com o IBGE. No ranking, o Estado perdeu apenas para Rondônia, que teve o resultado de 31,9%. A média do Brasil foi de 15%. O coordenador do Núcleo Interinstitucional de Estudo da Violência da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Naldson Ramos da Costa, pontuou que cinco fatores colocam o Estado em situação crítica. O primeiro deles está ligado à expansão urbana na década de 90.
“O processo de crescimento acelerado fez com que surgissem muitos problemas sociais, como desemprego e o índice de violência cresceu”, disse. Além de não absorver a mão-de-obra local, ainda ficaram excluídos imigrantes que chegavam em busca de trabalho. Outros tópicos citados pelo professor são a força do crime organizado, que consequentemente faz crescer a pistolagem, os conflitos de terra, o tráfico de drogas e os acidentes no trânsito. “Aqui são comuns roubos de cargas em rodovias e outras infrações que revelam a articulação do crime organizado. Como os criminosos precisam aplicar a justiça deles, acabam recorrendo a pistoleiros”, frisou. Nos últimos anos, Mato Grosso deixou de ser apenas uma rota para o tráfico de drogas e se tornou também um centro consumidor, o que tem influência sobre os indicadores, de acordo com Naldson. “Esses números revelam duas coisas. Uma é que as políticas públicas de segurança não estão sendo capazes de inibir os crimes.
A polícia não está preparada para agir, principalmente a Polícia Civil, que às vezes não consegue nem desvendar a autoria dos crimes”, pontuou. Em cidades como Colniza, que foi apontada como o município mais violento do Brasil pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OIE), é difícil até mesmo o acesso das autoridades policiais a determinadas localidades, devido à distância.
“Quando eles (policiais) chegam ao local do crime, o corpo às vezes já está até em decomposição”. Para mudar o quadro preocupante, o professor disse que são necessárias ações do Estado para reduzir a impunidade. “A sociedade também precisa se mobilizar. Hoje as pessoas optam por ficar no silêncio, ou no caso da classe média, tomam medidas de segurança individual, que não resolvem os problemas gerais”. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, mas não recebeu retorno até o início da noite.
A cada 100 óbitos registrados em Mato Grosso, 22,2 foram por causas não naturais, de acordo com o IBGE. No ranking, o Estado perdeu apenas para Rondônia, que teve o resultado de 31,9%. A média do Brasil foi de 15%. O coordenador do Núcleo Interinstitucional de Estudo da Violência da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Naldson Ramos da Costa, pontuou que cinco fatores colocam o Estado em situação crítica. O primeiro deles está ligado à expansão urbana na década de 90.
“O processo de crescimento acelerado fez com que surgissem muitos problemas sociais, como desemprego e o índice de violência cresceu”, disse. Além de não absorver a mão-de-obra local, ainda ficaram excluídos imigrantes que chegavam em busca de trabalho. Outros tópicos citados pelo professor são a força do crime organizado, que consequentemente faz crescer a pistolagem, os conflitos de terra, o tráfico de drogas e os acidentes no trânsito. “Aqui são comuns roubos de cargas em rodovias e outras infrações que revelam a articulação do crime organizado. Como os criminosos precisam aplicar a justiça deles, acabam recorrendo a pistoleiros”, frisou. Nos últimos anos, Mato Grosso deixou de ser apenas uma rota para o tráfico de drogas e se tornou também um centro consumidor, o que tem influência sobre os indicadores, de acordo com Naldson. “Esses números revelam duas coisas. Uma é que as políticas públicas de segurança não estão sendo capazes de inibir os crimes.
A polícia não está preparada para agir, principalmente a Polícia Civil, que às vezes não consegue nem desvendar a autoria dos crimes”, pontuou. Em cidades como Colniza, que foi apontada como o município mais violento do Brasil pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OIE), é difícil até mesmo o acesso das autoridades policiais a determinadas localidades, devido à distância.
“Quando eles (policiais) chegam ao local do crime, o corpo às vezes já está até em decomposição”. Para mudar o quadro preocupante, o professor disse que são necessárias ações do Estado para reduzir a impunidade. “A sociedade também precisa se mobilizar. Hoje as pessoas optam por ficar no silêncio, ou no caso da classe média, tomam medidas de segurança individual, que não resolvem os problemas gerais”. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, mas não recebeu retorno até o início da noite.
Um comentário:
É interessante prestigiar a fonte da notícia, citando-a. Se não me engano, essa foi noticiada pelo Jornal "A Gazeta" (gazetadigital.com.br), de Cuiabá-MT.
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