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...Enquanto o meu pai distraído, de cócoras lavava os apetrechos para o café, eu continuava observando os arredores, quando em dado momento escutei um ruído estranho, um farfalhar característico de algo se movendo rápido sobre a água! Agucei minha audição esforçando-me para localizar a direção do ruído, quando avistei movendo-se rápido, uma cobra sucuriju (anaconda), vindo por cima d’água para cima do meu pai, instintivamente gritei: olha a sucuri! Ele entendendo a linguagem, o seu pronto reflexo pulou para trás no exato momento em que a fera tentou alcança-lo com um bote, errando por pouca diferença mas, permanecendo ali no local, sem dúvida um tanto frustrado, mas disposta a esperar por uma segunda chance, para uma nova investida.
Essa sua imprudência, custou-lhe a vida! Passei a arma para o meu pai, não me atrevi atirar, confiava mais na sua pontaria. Julgamos a princípio que um tiro de espingarda, fosse suficiente para abate-la porem, estávamos enganados, o chumbo escumilha usado nesse tipo de arma, nem ao menos a afugentou! Então lhe passei o rifle, conseguindo abatê-la com somente um tiro na cabeça.
Suas dimensões eram fantásticas. Amarramos uma corda junto a cabeça na tentativa de puxa-la de dentro d’água para cima da pedra, sem êxito! Três homens, não conseguem arrasta-la senão uns três metros, para servir de prova das suas dimensões, removem parte da sua pele, cerca de trinta centímetros longitudinalmente por toda a sua circunferência: mais ou menos um metro e dez centímetros. Reiniciamos a nossa viagem, pois estávamos ansiosos para chegar ao local onde ficaríamos acampados por alguns dias, às margens do rio próximo de uma cachoeira nossa preferida, pescando e caçando. Deixamos a cobra ali mesmo, esperando que servisse de alimento para os abutres. Nunca imaginaríamos, quão surpresos ficaríamos quando da nossa volta, presenciar o que acontecera com o cadáver da Anaconda.
Prosseguíamos agora mais atentos aos perigos, principalmente à noite dormindo ao relento, tendo como leito, as pedras do leito rio, escolhendo sempre aquelas mais afastadas e planas com espaço suficiente para acomodar-nos os três juntos. Não nos preocupávamos com chuva naquela época do ano, o céu exageradamente estrelado; temperatura agradável, sem mosquitos, afugentados pela suave brisa assoprando constante.
Já de volta, decidimos ir até a Roche Moper, curiosos em saber como estaria a sucuri! Ao desembarcarmos, de início não a vimos no lugar onde havíamos deixado, olhamos em volta e nada de cobra! Galgamos a pedra, para nossa surpresa lá estava a sua carcaça! Somente o esqueleto estirado, em linha reta, quando então foi-nos possível calcular o seu comprimento: quarenta metros e oitenta centímetros, e cinco toneladas de peso á grosso modo.
O texto acima faz parte do capítulo 3 do livro “Vivendo como eles vivem, selvagens”, que conta a história do meu avô, na década de 40. -- Helton Galvão Souza Neto Por essa época, 1952, saiu na primeira página do jornal O Globo, uma foto de uma cobra também de grande dimensão e que talvez seja a ora citada. Atráz da cobra vários soldados e, se não me engano, o tamanho da mesma, em torno de 20 metros. Boas pesquisas! -- Maurício Castro
Oi! Quanto à foto da sucuri de 40 metros assim como o relato do colega José Luiz, são reais e foram relatados na Revista "O CRUZEIRO" na espoca. Isso foi me contado por meu pai (que é militar) e confirmado por seus colegas (todos militares) que viram a publicação original da revista.
Note que o fato ocorreu numa base militar, uma instiruição que não daria margem para que um fato não verídico tivesse seu nome veiculado numa revista pública.
Dentro na reportagem dizia que foram dados mais de 200 tiros de fuzil para matá-la e o mais impressionante, havia uma foto onde dois soltados posavam de pé DENTRO da boca da cobra que fora escorada com um pedaço de madeira.
Quem duvidar ou quiser confirmar, saiba que devem existir microfilmes dessa revista, assim como existem de jornais em bibliotecas de grande porte. -- Pedro A. Guimarães Filho
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