sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Ampliação pode elevar valor de planos de saúde em 8%

Estudo da Abramge mostra que mudanças aumentarão preço; reajuste, porém, só chega a clientes em 2009

A ampliação de coberturas dos planos de saúde, anunciada na quinta-feira pela Agência Nacional de Saúde (ANS), pode significar um aumento de no mínimo 8% no valor dos planos, segundo estudos da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge). De acordo com diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, porém, o custo das inclusões não terá impacto na correção dos valores dos planos e seguros neste ano.

Veja também:
Lista dos novos procedimentos

O índice de reajuste é definido pelo governo no mês de maio. O possível impacto só deverá ser repassado aos clientes em 2009, afirmou.

O presidente da Abramge, Arlindo de Almeida, afirma que o setor não concorda com o veto ao repasse dos custos já neste ano. "As empresas terão de esperar um ano, vamos verificar que medidas tomar." A entidade, que reúne as operadoras de planos de saúde, anunciou na quinta que já estuda medidas judiciais contra a norma.

A partir de 2 de abril, a maioria dos brasileiros assistidos por planos e seguros de saúde passará a ter direito a cobertura de métodos anticoncepcionais que hoje não são pagos pelas empresas, como vasectomia, laqueadura e inserção de Dispositivo Intra-Uterino (DIU). Sessões de fonoaudiologia e atendimento de nutricionista também foram incluídos, mas com um número pequeno de consultas.

Alguns dos caros testes genéticos para a detecção de doenças raras e cirurgias menos invasivas, feitas por meio da introdução de uma pequena câmera - as videolaparoscopias -, também terão de ser cobertas pelos convênios médicos, segundo o anúncio da ANS. No total, cerca de cem procedimentos foram incluídos.

A medida atingirá 26 milhões de contratos assinados após 1º de janeiro de 1999, quando passou a valer a lei dos planos de saúde. Usuários de planos anteriores à lei mas adaptados à legislação atual serão beneficiados, mas a ANS ainda não calculou quantos são.

A própria agência, no entanto, já prevê resistência das empresas de saúde privada para cumprir as novas regras, editadas por meio de resolução normativa publicada no Diário Oficial da União.

Nenhum comentário: