A Conselheira Federal de Farmácia pelos Estados de Rondônia e Acre, Lérida Vieira, que é também Diretora Secretária-Geral do Conselho Federal de Farmácia (CFF), alerta as autoridades rondonienses, no sentido de que façam valer a chamada Lei Sanitária (Lei 5991/73), que determina que farmácias e drogarias vendam exclusivamente medicamentos e outros produtos para a saúde. “Esses estabelecimentos precisam ser espaços consagrados à saúde, onde o farmacêutico deve estar presente para servir à população, orientando-a sobre o uso do medicamento e prestando serviços de atenção básica”, exclamou a dirigente do CFF. A Dra. Lérida ressalta que é um atentado à saúde a venda de produtos denominados “alheios”, como refrigerantes, sorvetes, sandálias e carvão para churrasco, nas farmácias e drogarias.
O alerta da Diretora do CFF está relacionado à Consulta Pública de número 69, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de 11 de julho deste ano e ainda em vigor. A Consulta tem o objetivo de ouvir a população brasileira sobre se é certo, ou não, farmácias e drogarias comercializarem outros produtos que não os de saúde.
A farmacêutica Lérida Vieira, que também representa o Conselho Federal de Farmácia no Conselho Nacional de Saúde (CNS), é enfática, ao dizer que a única vocação da farmácia é ser estabelecimento de saúde. Segundo ela, as farmácias devem cumprir a sua “nobre” função sanitária e atuar inclusive como centros auxiliares do sistema público municipal de saúde e do SUS (Sistema Único de Saúde). “As farmácias e drogarias têm uma capilaridade fora do comum e este potencial sanitário precisa ser aproveitado em favor da saúde da população”, sustentou a representante de Rondônia junto ao Plenário do Conselho Federal de Farmácia. Lérida Vieira culpa as barreiras legais e a falta de vontade política dos governantes que, ao invés de resgatarem a real vocação das farmácias e aproximá-las mais ainda da população, dificultam as suas ações sanitárias.
“A Anvisa proíbe que farmacêuticos, que são profissionais de saúde altamente qualificados, verifiquem a pressão dentro das farmácias, enquanto vendedores de aparelhos de pressão estão livres para monitorar a pressão dentro dos shoppings”, denuncia a dirigente do Conselho. Ela informa que a Resolução da Anvisa (Agência Nacional de vigilância Sanitária) que está submetida à Consulta Pública de número 69, tem o objetivo de recuperar o aspecto sanitário dos estabelecimentos farmacêuticos. “As farmácias poderiam oferecer melhores serviços ao sistema público de saúde, participando das campanhas, como a vacinação, e de políticas públicas e, também, atuando como centros de educação sanitária”, observa a Dra. Lérida Vieira. Ela frisa que os farmacêuticos estão se qualificando, no Brasil inteiro, para assumir as suas funções, mas, muitas vezes, são impedidos pelos próprios patrões de desempenhar as suas atividades.
“Quem perde com isso é a população, que deixa de contar com serviços de um profissional qualificado”, lamenta. MERCANTILISMO - Enquanto isso, adverte a Diretora do Conselho Federal de Farmácia, os estabelecimentos farmacêuticos partem para um caminho que, em nada, faz lembrar a saúde. “Muitas farmácias e drogarias transformaram-se em mercearias. Elas colocam em suas prateleiras sandálias havaianas, tênis, filmes e máquinas fotográficas, carvão para churrasco, ração para cachorro, refrigerantes, sorvetes, pilhas etc. A população precisa ficar alerta, pois há por trás desse ato uma trama sórdida, com objetivos puramente financeiros, mercadológicos”, acrescenta. Diz que eles agem, “seguindo apenas as leis e o comportamento do mercado, e o mercado é nutrido pelo lucro.
As farmácias, isso sim, deveriam seguir as leis sanitárias, como a 5991/73”, apela. Muitas farmácias e drogarias, denuncia Lérida Vieira, utilizam-se do marketing – que é uma ferramenta de mercado -, para convencer o cidadão a consumir os seus produtos denominados “leigos” (não de saúde). “O marketing acaba persuadindo a população a aceitar como sendo correto esse tipo de negócio perigoso. O marketing convence o cidadão a aceitar o discurso dissimulado de alguns proprietários de estabelecimentos de que estão prestando um grande serviço, ao vender refrigerantes, pilhas e sandálias. Só que, ao chegar ao estabelecimento, a população acaba sendo induzida a adquirir medicamentos, sem necessidade. Aí, explode o uso irracional de medicamentos”, diz, preocupada, a farmacêutica.
A Dra. Lérida Vieira observa que o medicamento pode desencadear uma variedade de reações indesejáveis, de interações com outros medicamentos, com alimentos e com o álcool, gerando situações de risco que podem até levar à morte. “O Brasil precisa ganhar um modelo de farmácia em que o medicamento seja verdadeiramente um bem social para recuperar e manter a saúde, e que seja cercado dos cuidados do farmacêutico”, conclui Lérida Vieira.
Autor:Da AssessoriaFonte:Da Assessoria
O alerta da Diretora do CFF está relacionado à Consulta Pública de número 69, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de 11 de julho deste ano e ainda em vigor. A Consulta tem o objetivo de ouvir a população brasileira sobre se é certo, ou não, farmácias e drogarias comercializarem outros produtos que não os de saúde.
A farmacêutica Lérida Vieira, que também representa o Conselho Federal de Farmácia no Conselho Nacional de Saúde (CNS), é enfática, ao dizer que a única vocação da farmácia é ser estabelecimento de saúde. Segundo ela, as farmácias devem cumprir a sua “nobre” função sanitária e atuar inclusive como centros auxiliares do sistema público municipal de saúde e do SUS (Sistema Único de Saúde). “As farmácias e drogarias têm uma capilaridade fora do comum e este potencial sanitário precisa ser aproveitado em favor da saúde da população”, sustentou a representante de Rondônia junto ao Plenário do Conselho Federal de Farmácia. Lérida Vieira culpa as barreiras legais e a falta de vontade política dos governantes que, ao invés de resgatarem a real vocação das farmácias e aproximá-las mais ainda da população, dificultam as suas ações sanitárias.
“A Anvisa proíbe que farmacêuticos, que são profissionais de saúde altamente qualificados, verifiquem a pressão dentro das farmácias, enquanto vendedores de aparelhos de pressão estão livres para monitorar a pressão dentro dos shoppings”, denuncia a dirigente do Conselho. Ela informa que a Resolução da Anvisa (Agência Nacional de vigilância Sanitária) que está submetida à Consulta Pública de número 69, tem o objetivo de recuperar o aspecto sanitário dos estabelecimentos farmacêuticos. “As farmácias poderiam oferecer melhores serviços ao sistema público de saúde, participando das campanhas, como a vacinação, e de políticas públicas e, também, atuando como centros de educação sanitária”, observa a Dra. Lérida Vieira. Ela frisa que os farmacêuticos estão se qualificando, no Brasil inteiro, para assumir as suas funções, mas, muitas vezes, são impedidos pelos próprios patrões de desempenhar as suas atividades.
“Quem perde com isso é a população, que deixa de contar com serviços de um profissional qualificado”, lamenta. MERCANTILISMO - Enquanto isso, adverte a Diretora do Conselho Federal de Farmácia, os estabelecimentos farmacêuticos partem para um caminho que, em nada, faz lembrar a saúde. “Muitas farmácias e drogarias transformaram-se em mercearias. Elas colocam em suas prateleiras sandálias havaianas, tênis, filmes e máquinas fotográficas, carvão para churrasco, ração para cachorro, refrigerantes, sorvetes, pilhas etc. A população precisa ficar alerta, pois há por trás desse ato uma trama sórdida, com objetivos puramente financeiros, mercadológicos”, acrescenta. Diz que eles agem, “seguindo apenas as leis e o comportamento do mercado, e o mercado é nutrido pelo lucro.
As farmácias, isso sim, deveriam seguir as leis sanitárias, como a 5991/73”, apela. Muitas farmácias e drogarias, denuncia Lérida Vieira, utilizam-se do marketing – que é uma ferramenta de mercado -, para convencer o cidadão a consumir os seus produtos denominados “leigos” (não de saúde). “O marketing acaba persuadindo a população a aceitar como sendo correto esse tipo de negócio perigoso. O marketing convence o cidadão a aceitar o discurso dissimulado de alguns proprietários de estabelecimentos de que estão prestando um grande serviço, ao vender refrigerantes, pilhas e sandálias. Só que, ao chegar ao estabelecimento, a população acaba sendo induzida a adquirir medicamentos, sem necessidade. Aí, explode o uso irracional de medicamentos”, diz, preocupada, a farmacêutica.
A Dra. Lérida Vieira observa que o medicamento pode desencadear uma variedade de reações indesejáveis, de interações com outros medicamentos, com alimentos e com o álcool, gerando situações de risco que podem até levar à morte. “O Brasil precisa ganhar um modelo de farmácia em que o medicamento seja verdadeiramente um bem social para recuperar e manter a saúde, e que seja cercado dos cuidados do farmacêutico”, conclui Lérida Vieira.
Autor:Da AssessoriaFonte:Da Assessoria
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