quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Faculdades questionam resultados da avaliação de cursos de direito,

Oitenta e nove de 510 cursos de direito avaliados pelo Ministério da Educação terão de passar por um processo de supervisão que pode acarretar em sanções que vão da redução do número de vagas até o fechamento por falta de qualidade. Procurados pela Folha, boa parte dos representantes dos cursos questionou os resultados. Mas a maioria diz que cumprirá as determinações.

O pró-reitor da Universidade de Mogi das Cruzes, Rubens Guilhemat, diz que a avaliação a partir do Enade é insuficiente. "A avaliação de um curso pelo Sinaes [Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior] depende da avaliação interna e externa, além do Enade." Também disse que o baixo índice de aprovação na OAB se deve ao resultado dos alunos formados há mais tempo.

O presidente do Instituto de Ciências Jurídicas e Sociais da Uniban, Carlos Eduardo Inglesi, diz que "os próximos índices" serão melhores e que "o resultado não apareceu no único Enade realizado até agora".

A pró-reitora da Unimes (Universidade Metropolitana de Santos), Vera Raphaelli, afirmou que cumprirá "qualquer determinação do MEC [...], mas [o ministério] tem que dar condições ao pessoal dele para vir in loco e ver se realmente é isso o que acontece".

O diretor da Unip José Nasser disse que o resultado apresentado pelo exame da OAB "não é consistente". Segundo ele, há casos em que o total de concluintes apontado é menor do que o de candidatos à OAB.A Faculdade Integral Cantareira "aguardará posição oficial do MEC antes de comentar".

No Rio, o Centro de Ensino Superior de Valença disse que já atende às diretrizes do MEC. O coordenador de direito da Faculdade São José, Fernando Galvão, diz que "a OAB não tem legitimidade para avaliar cursos".

O Centro Universitário Augusto Motta e o Centro Universitário Bennett dizem que identificarão os problemas. A Universidade Veiga de Almeida diz que aguarda a notificação oficial. A UniverCidade, a Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas e o Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos não responderam.

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