Kleber Mendonça Filho Do JC - Começa nesta quinta-feira a 58ª edição do Festival de Berlim, também conhecido como Berlinale, que leva o Brasil de volta à competição depois da participação em 2007 de O ano em que meus pais saíram de férias, filme de Cao Hamburger.
Desta vez, nada menos do que a sensação brasileira Tropa de elite terá sua estréia internacional no grande festival, um dos 20 filmes do novo cenário cinematográfico selecionados para a mostra competitiva. O festival começa com a presença de Martin Scorsese e da lendária banda Rolling Stones, que irão apresentar o documentário Shine a light como atração de abertura.
O Jornal do Commercio, em parceria com o Centro Cultural Brasil Alemanha, irá cobrir o Festival de Berlim pela segunda vez, com matérias também aqui, no JC OnLine. O festival termina no próximo dia 17.
Pelo segundo ano consecutivo, portanto, que Berlim escolhe a música para abrir seus dez dias de cinema (Piaf – Um hino ao amor foi o filme de abertura 2007). Shine a light leva Scorsese de volta ao terreno da música pop, não apenas evidente nos seus filmes mais conhecidos via trilhas recheadas (ouvir Caminhos perigosos, Os bons companheiros, Os infiltrados), mas também em registros memoráveis que ele transformou em filme como O último concerto de rock (The last waltz, 1977) e mesmo o recente No direction home: Bob Dylan (2006). Shine a light, que já tem distribuição garantida no Brasil, mostra os Stones do presente, e não tanto a banda cuja lenda tem origem nos anos 60.
O filme de Scorsese é um dos dois filmes que deverão chamar muita atenção em Berlim, e onde o mote principal é a música. O diretor artístico da Berlinale – Dieter Kosslick – também confirma a presença de Madonna, que irá apresentar em primeira mão sua estréia como cineasta que se chama Filth and wisdom, um média metragem rodado em Nova Iorque sobre uma banda de punk cigano chamada Gogol Bordello.
Outros títulos de corte musical estão na programação (que inclui mostras paralelas importantes como a Forum e a Panorama, onde Deserto Feliz, de Paulo Caldas, e Casa de Alice, de Chico Teixeira, estiveram, ano passado), como Heavy metal in Baghdad, de Eddy Moretti e Suroosh Alvi, sobre uma banda iraquiana.
Michel Gondry (Brilho eterno de uma mente sem lembranças) leva para a mostra Panorama seu novo filme, Be kind rewind, sobre um dono de locadora (Jack Black) que acidentalmente apaga todo o seu estoque e terá que refazer os principais filmes em versões trash.
A projeção de Tropa de elite na competição alemã marca o início de uma provável carreira de sucesso para o filme brasileiro fora do país, e faz parte da estratégia do seu produtor mais famoso, o americano Harvey Weinstein, ex-Miramax, cuja Weinstein Company irá distribuir o filme internacionalmente. Já na esteira do filme no último Festival do Rio, Weinstein já anunciava que o filme estrearia num dos grandes festivais internacionais. Chegou a ser anunciado na seleção de Sundance, mas foi depois retirado para favorecer o espaço em Berlim.
Embora Tropa de elite seja o único brasileiro na mostra competitiva de longas, o Brasil participa também na mostra competitiva de curtas metragens com o documentário experimental Drežnica, de Anna Azevedo, realizadora carioca experiente cujos curtas anteriores – Batuque na cozinha e O homem livro – tiveram carreiras largas em festivais. Há três anos, um outro filme seu, Berlin Ball, saiu premiado de Berlim. O filme utiliza antigas imagens amadoras de Super 8 para versar sobre os que não enxergam.
Também na competição estão alguns filmes de destaque. Paul Thomas Anderson, que levou o Urso de Ouro em 2000 por Magnólia, volta a Berlim com Sangue negro (There will be blood), que desfruta atualmente de enorme prestígio na temporada de prêmios com suas oito indicações ao Oscar, incluindo Melhor Diretor e Filme. O novo filme de Errol Morris (Sob a névoa da guerra), Standard operating procedure, examina casos documentados de tortura na prisão de Abu Ghraib, onde suspeitos de terrorismo são mantidos pelas forças americanas.
Desta vez, nada menos do que a sensação brasileira Tropa de elite terá sua estréia internacional no grande festival, um dos 20 filmes do novo cenário cinematográfico selecionados para a mostra competitiva. O festival começa com a presença de Martin Scorsese e da lendária banda Rolling Stones, que irão apresentar o documentário Shine a light como atração de abertura.
O Jornal do Commercio, em parceria com o Centro Cultural Brasil Alemanha, irá cobrir o Festival de Berlim pela segunda vez, com matérias também aqui, no JC OnLine. O festival termina no próximo dia 17.
Pelo segundo ano consecutivo, portanto, que Berlim escolhe a música para abrir seus dez dias de cinema (Piaf – Um hino ao amor foi o filme de abertura 2007). Shine a light leva Scorsese de volta ao terreno da música pop, não apenas evidente nos seus filmes mais conhecidos via trilhas recheadas (ouvir Caminhos perigosos, Os bons companheiros, Os infiltrados), mas também em registros memoráveis que ele transformou em filme como O último concerto de rock (The last waltz, 1977) e mesmo o recente No direction home: Bob Dylan (2006). Shine a light, que já tem distribuição garantida no Brasil, mostra os Stones do presente, e não tanto a banda cuja lenda tem origem nos anos 60.
O filme de Scorsese é um dos dois filmes que deverão chamar muita atenção em Berlim, e onde o mote principal é a música. O diretor artístico da Berlinale – Dieter Kosslick – também confirma a presença de Madonna, que irá apresentar em primeira mão sua estréia como cineasta que se chama Filth and wisdom, um média metragem rodado em Nova Iorque sobre uma banda de punk cigano chamada Gogol Bordello.
Outros títulos de corte musical estão na programação (que inclui mostras paralelas importantes como a Forum e a Panorama, onde Deserto Feliz, de Paulo Caldas, e Casa de Alice, de Chico Teixeira, estiveram, ano passado), como Heavy metal in Baghdad, de Eddy Moretti e Suroosh Alvi, sobre uma banda iraquiana.
Michel Gondry (Brilho eterno de uma mente sem lembranças) leva para a mostra Panorama seu novo filme, Be kind rewind, sobre um dono de locadora (Jack Black) que acidentalmente apaga todo o seu estoque e terá que refazer os principais filmes em versões trash.
A projeção de Tropa de elite na competição alemã marca o início de uma provável carreira de sucesso para o filme brasileiro fora do país, e faz parte da estratégia do seu produtor mais famoso, o americano Harvey Weinstein, ex-Miramax, cuja Weinstein Company irá distribuir o filme internacionalmente. Já na esteira do filme no último Festival do Rio, Weinstein já anunciava que o filme estrearia num dos grandes festivais internacionais. Chegou a ser anunciado na seleção de Sundance, mas foi depois retirado para favorecer o espaço em Berlim.
Embora Tropa de elite seja o único brasileiro na mostra competitiva de longas, o Brasil participa também na mostra competitiva de curtas metragens com o documentário experimental Drežnica, de Anna Azevedo, realizadora carioca experiente cujos curtas anteriores – Batuque na cozinha e O homem livro – tiveram carreiras largas em festivais. Há três anos, um outro filme seu, Berlin Ball, saiu premiado de Berlim. O filme utiliza antigas imagens amadoras de Super 8 para versar sobre os que não enxergam.
Também na competição estão alguns filmes de destaque. Paul Thomas Anderson, que levou o Urso de Ouro em 2000 por Magnólia, volta a Berlim com Sangue negro (There will be blood), que desfruta atualmente de enorme prestígio na temporada de prêmios com suas oito indicações ao Oscar, incluindo Melhor Diretor e Filme. O novo filme de Errol Morris (Sob a névoa da guerra), Standard operating procedure, examina casos documentados de tortura na prisão de Abu Ghraib, onde suspeitos de terrorismo são mantidos pelas forças americanas.
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