segunda-feira, 2 de junho de 2008

Conselhos virtuais são positivos, diz psicóloga

Para a psicóloga Andréa Jotta, do Núcleo de Pesquisa de Psicologia e Informática da PUC, o aprofundamento das amizades virtuais é um processo natural. "O virtual está fazendo cada vez mais parte do real", observa.
"Eu acho isso ótimo. Há uma necessidade dos jovens de escutar outras opiniões além das do seu próprio grupo. Há uma abertura para ouvir outras opiniões sobre os seus problemas, e isso é um ganho", diz Andrea.
Mas ela alerta para os riscos dos relacionamentos virtuais. Antes de tudo, é preciso ter certeza da identidade da pessoa com quem se está criando o vínculo de amizade. "Não dá para acreditar em identidades virtuais.
É preciso fazer o teste para se certificar de que aquela pessoa que está do outro lado do computador é real", diz.A psicóloga observa que, para o adolescente, a vantagem da relação pela internet é que não há a necessidade da temida aceitação social.
"Não precisa disso porque a pessoa não está convivendo com você. De certa forma, parte-se do pressuposto de que, se a pessoa está escutando você, é porque ela quer escutar. Senão essa pessoa corta a conversa e sai do MSN. Se ela não está deletando você é porque está automaticamente querendo escutar", comenta.
Dicas para encontros marcados pela internet:
1. não passe o seu endereço nem o telefone nos primeiros contatos
2. preste atenção em tudo o que seu amigo fala para saber se ele cai em contradição
3. se possível, use a webcam para ter certeza da identidade da outra pessoa
4. faça perguntas sobre a região de origem do seu amigo virtual; é uma maneira de checar se ele está falando a verdade
5. se decidir marcar um encontro, avise seus pais, escolha algum lugar público e leve um amigo junto
6. não busque algo instantâneo; são necessárias várias trocas, várias conversas para ver se a pessoa mantem sempre o mesmo discurso
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