quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Pará investiga novo caso de mulher mantida em cela com homens

A Corregedoria de Polícia Civil e a comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Pará investigam um novo caso de uma mulher mantida em uma cela com homens no Estado.

Segundo a presidente da comissão, Mary Cohen, a mulher tem 23 anos e ficou cerca de dois meses detida em uma cela anexa à Delegacia Seccional de Polícia de Parauapebas.

Se confirmado, será o segundo caso de uma mulher detida em uma cela com homens. Na quarta-feira (21) os delegados envolvidos na prisão de uma garota que permaneceu quase um mês detida em cela masculina no município de Abaetetuba, na região metropolitana de Belém (PA), foram afastados.

A comissão irá requisitar registro à Polícia Civil para averiguar se de fato a mulher de 23 anos ficou detida em uma cela em Parauapebas. Se confirmado, segundo a presidente da comissão, a OAB irá formalizar um pedido junto ao Ministério Público do Estado do Pará com o intuito de investigar a situação prisional de todas as mulheres detidas no Estado.

"O primeiro caso chocou o país inteiro, se de fato essa jovem ficou presa por dois meses, será um escândalo de proporções inimagináveis", afirma.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que uma equipe da Corregedoria foi encaminhada ao município de Parauapebas para averiguar os registros.

Abaetetuba
A jovem que ficou detida em uma cela com homens em Abaetetuba foi presa em flagrante por furto. Ela teria sofrido abuso sexual no período em que permaneceu detida, segundo o Ministério Público.

Ontem a jovem passou por exame de arcada dentária para verificar sua identidade. Ao ser presa, ela teria apresentado uma certidão de nascimento com data de dezembro de 1987 e, portanto, teria 20 anos. Ela seria autora de outros três furtos. Um outro documento consta um nome diferente. Nele, a jovem teria nascido em dezembro de 1991, e portanto, teria 15 anos.

Os técnicos do IML (Instituto Médico Legal), do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, também realizaram na segunda-feira perícias de conjunção carnal, ato libidinoso, verificação de contágio venéreo e de gravidez na jovem.

Análise inicial feita na cela em que a garota ficou em Abaetetuba constatou que o local é de pouca segurança. Os laudos devem ser concluídos em dez dias.

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