terça-feira, 7 de abril de 2009

Construtora Odebrecht demite de madrugada trabalhadores que reclamaram de salários e condições de trabalho

O motivo principal das demissões teria sido a reclamação de uma diferença salarial existente entre os trabalhadores vindo de outros Estados e os residentes em Porto Velho.


Na madrugada desta terça-feira (07) no canteiro de obras da Usina de Santo Antonio, às 01h00 da madrugada, seis trabalhadores foram sumariamente demitidos pela Construtora Odebrecht. Os trabalhadores, que haviam iniciado a jornada de trabalho às 20h30 de segunda-feira (06), receberam a informação de estariam sendo demitidos por estarem reclamando de diferença salarial e das condições de trabalho.

Segundo os lideres da oposição sindical na construção civil Raimundo Soares da Costa, o “Toco”, Francisco das Chagas Costa, Elioni Sebastião Laia e Altair Donizete de Oliveira, o motivo principal das demissões teria sido a reclamação de uma diferença salarial existente entre os trabalhadores vindo de outros Estados e os residentes em Porto Velho, contratados para as mesmas funções; além de um aumento salarial recentemente concedido somente para os chefes e encarregados.

A oposição sindical denúncia que os trabalhadores demitidos reclamavam para os chefes imediatos e encarregados, também, sobre as péssimas condições de trabalho, como iluminação insuficiente que estaria provocando acidentes; e de riscos existentes no trajeto em torno das escavações, agravados com a pouca iluminação no local. As demissões seriam um aviso aos demais trabalhadores, de que quem reclamar será sumariamente demitido.

Os lideres sindicais da oposição denunciam, também, que o Sindicato da Construção Civil (STICCERO), o Sindicato Patronal e as Construtoras das Usinas teriam assinados convenções e acordos coletivos de trabalho com pisos salariais rebaixados, retirando direitos, como o pagamento do período de deslocamento da cidade até os canteiros de obras.
Para tentar dar legalidade aos acordos coletivos, os trabalhadores seriam obrigados a assinarem um “de acordo” na hora da contratação, sob pena de não terem suas carteiras assinadas.

Segundo informações vindas do canteiro de obras da Odebrecht, na manhã desta terça-feira (07), mais quinze demissões teriam ocorrido hoje e estaria previsto outras quinze na parte da tarde.

Nenhum comentário: