terça-feira, 7 de julho de 2009

Lula diz que não há crise no Senado e nega interferir em decisão da bancada do PT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou hoje a crise que atinge o Senado. Segundo ele, não dá para chamar de crise a série de denúncias de irregularidades contra o Senado --como atos secretos para nomear e exonerar parentes--, que provocaram a discussão da permanência de José Sarney (PMDB-AP) à frente da instituição.

"Quando voltar na sexta-feira para o Brasil, a partir da segunda eu começo a discutir a crise, que eu não vejo crise. Eu, sinceramente, não sei como alguém pode tratar de crise uma divergência dentro do Senado", disse Lula hoje em Paris (França).

Mesmo negando a crise que paralisa o Senado, Lula defendeu a apuração das denúncias. "Eu estou tranquilo de que não existe crise, existem denúncias que têm que ser apuradas e apresentado à opinião pública o que é verdade e o que não é verdade, só isso."

Questionado sobre a reunião da bancada do PT no Senado, que se reúne hoje para discutir o apoio a Sarney, Lula negou que tenha poder de interferir na decisão dos senadores. "Ali eles vão resolver como já resolveram tantas outras coisas que aconteceram. E queria te dizer o seguinte: é que você não conhece a força de um senador. Coitado do presidente da República, para dar conselho para um senador, ou seja, é quase humanamente impossível. A bancada do PT vai agir da melhor forma possível."

Na semana passada, entretanto, Lula se reuniu com senadores petistas e evitou que a bancada aprovasse oficialmente o pedido de afastamento de Sarney da presidência do Senado. No encontro com a bancada, Lula disse que a saída de Sarney poderia provocar uma crise institucional de desfecho imprevisível. A bancada petista vem adiando desde então a reunião que deve decidir se mantém ou não o pedido de afastamento de Sarney.

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