O Ministério Público Estadual do Pará vai recorrer da decisão do Tribunal do Júri de Belém, que absolveu ontem o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, da acusação de ser o mandante do assassinato da freira norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, em fevereiro de 2005. O promotor Edson Cardoso de Souza disse à Folha Online que já está preparando o recurso.
"Temos cinco dias para apresentar o recurso. Ele será apresentado ao Tribunal de Justiça do Pará. E não será analisado por um juiz, mas por um colegiado de desembargadores", afirmou Souza.
O julgamento de ontem foi o segundo de Bida. No primeiro, em maio de 2007, ele foi condenado a 30 anos de prisão. Como a pena ultrapassou 20 anos de prisão, ele teve direito a um novo júri popular.
Cardoso afirmou que o recurso deve ser julgado somente no começo de 2009. "Infelizmente, não existe urgência para esse tipo de recurso. O acusado foi absolvido, já está livre."
Questionado se havia ficado surpreso com a decisão de ontem do Tribunal do Júri, Cardoso disse que não. "Pode causar estranheza, mas não [fiquei surpreso]. Todo mundo sabe que em julgamentos desse tipo o acusado pode ser condenado ou absolvido."
O promotor afirmou ainda que o júri não pode ser criticado pela decisão de absolver Bida. "O júri tomou sua decisão com base no que ouviu ontem. E o que eles ouviram foi uma pessoa [agricultor Amair Feijoli da Cunha, o Tato] ir lá e inocentar a outra [Bida]. Não dá para criticar."
Para Souza, a absolvição de ontem é resultado do depoimento de Tato, que testemunhou em defesa de Bida. Tato, acusado de ter contratado os pistoleiros para matar Dorothy, foi condenado a 18 anos de prisão, após ter a pena reduzida por colaborar com as investigações.
Rayfran
O pistoleiro Rayfran das Neves, o Fogoió, que havia confessado ter atirado em Dorothy, também foi julgado ontem. Ele foi considerado culpado e sentenciado a 28 anos de prisão em regime fechado.
Neves foi submetido ontem ao seu terceiro júri. No primeiro, em dezembro de 2005, foi condenado a 27 anos de prisão. Teve direito a novo julgamento, em outubro do ano passado, no qual a condenação foi mantida --e que foi anulado por irregularidades.
Caso Dorothy
Dorothy Stang foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu (PA). Ela foi morta aos 73 anos com seis tiros quando se dirigia a uma reunião com agricultores no interior de Anapu. Ela era americana naturalizada brasileira e atuava havia 40 anos na organização de trabalhadores no Pará.
De acordo com a Promotoria, a morte dela foi encomendada porque a missionária defendia a criação de assentamentos para sem-terra na região, o que desagrava fazendeiros.
Sua morte foi encomendada por fazendeiros pelo valor de R$ 50 mil, segundo as investigações da polícia.
"Temos cinco dias para apresentar o recurso. Ele será apresentado ao Tribunal de Justiça do Pará. E não será analisado por um juiz, mas por um colegiado de desembargadores", afirmou Souza.
O julgamento de ontem foi o segundo de Bida. No primeiro, em maio de 2007, ele foi condenado a 30 anos de prisão. Como a pena ultrapassou 20 anos de prisão, ele teve direito a um novo júri popular.
Cardoso afirmou que o recurso deve ser julgado somente no começo de 2009. "Infelizmente, não existe urgência para esse tipo de recurso. O acusado foi absolvido, já está livre."
Questionado se havia ficado surpreso com a decisão de ontem do Tribunal do Júri, Cardoso disse que não. "Pode causar estranheza, mas não [fiquei surpreso]. Todo mundo sabe que em julgamentos desse tipo o acusado pode ser condenado ou absolvido."
O promotor afirmou ainda que o júri não pode ser criticado pela decisão de absolver Bida. "O júri tomou sua decisão com base no que ouviu ontem. E o que eles ouviram foi uma pessoa [agricultor Amair Feijoli da Cunha, o Tato] ir lá e inocentar a outra [Bida]. Não dá para criticar."
Para Souza, a absolvição de ontem é resultado do depoimento de Tato, que testemunhou em defesa de Bida. Tato, acusado de ter contratado os pistoleiros para matar Dorothy, foi condenado a 18 anos de prisão, após ter a pena reduzida por colaborar com as investigações.
Rayfran
O pistoleiro Rayfran das Neves, o Fogoió, que havia confessado ter atirado em Dorothy, também foi julgado ontem. Ele foi considerado culpado e sentenciado a 28 anos de prisão em regime fechado.
Neves foi submetido ontem ao seu terceiro júri. No primeiro, em dezembro de 2005, foi condenado a 27 anos de prisão. Teve direito a novo julgamento, em outubro do ano passado, no qual a condenação foi mantida --e que foi anulado por irregularidades.
Caso Dorothy
Dorothy Stang foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu (PA). Ela foi morta aos 73 anos com seis tiros quando se dirigia a uma reunião com agricultores no interior de Anapu. Ela era americana naturalizada brasileira e atuava havia 40 anos na organização de trabalhadores no Pará.
De acordo com a Promotoria, a morte dela foi encomendada porque a missionária defendia a criação de assentamentos para sem-terra na região, o que desagrava fazendeiros.
Sua morte foi encomendada por fazendeiros pelo valor de R$ 50 mil, segundo as investigações da polícia.
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