informaram que ele serrou ao meio o corpo da ex-mulher. Marta Lúcia morreu em 1993. Everaldo é o suspeito, segundo a Polícia Civil de Alagoas.
Everaldo também é suspeito de integrar uma espécie de esquadrão da morte de Alagoas. As suspeitas contra ele se tornaram públicas após a filha, Eloá, 15, ser mantida refém por mais de cem horas pelo ex-namorado, Lindemberg Fernandes Alves,, em Santo André (Grande São Paulo). No desfecho do caso, a menina foi baleada na cabeça e não resistiu ao ferimento. Lindemberg foi preso denunciado (acusado formalmente) à Justiça.
16.out.2008/Folha Imagem |
Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá; durante o cárcere privado da filha ele teve crise de hipertensão e foi socorrido |
O ex-cabo é acusado de ter feito parte da chamada "Gangue Fardada" e de participar, entre outros crimes, do assassinato do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador do Estado Ronaldo Lessa.
Ele nega envolvimento no crime, e sua defesa informou que Everaldo permanecerá foragido até que processos sejam estudados. Até por volta das 15h desta quinta-feira, Everaldo não havia sido localizado.
Crueldade
A delegada Luci Mônica Rabelo, diretora de estatística, informática e armas da Polícia Civil de Alagoas, ouviu o depoimento das irmãs de Marta Lúcia, em Pilar (AL). Rita de Cássia e Claudilene Vieira, irmãs da vítima, já haviam anunciado a disposição em colaborar no inquérito sobre a morte.
Luci afirma que a morte de Marta Lúcia foi cruel. Everaldo é o único suspeito, segundo a delegada, pois foi o último a ser visto com a vítima.
Durante o depoimento, as irmãs disseram que o corpo de Marta Lúcia foi encontrado partido ao meio num corte horizontal, como se dividido em dois. A cabeça foi carbonizada e o pescoço tinha sinais de enforcamento.
"Eu me assustei com o que ouvi. É uma monstruosidade sem fim", afirmou a delegada.
As ex-cunhadas de Everaldo disseram que o IML (Instituto Médico Legal) constatou as agressões e o corpo de Marta Lúcia foi encontrado em Pilar (AL).
Luci afirmou que devido à gravidade do teor dos depoimentos e também após as irmãs terem dito que se sentem ameaçadas --carros estranhos estariam rondando as casas onde elas moram---, enviou o relato das duas ao juiz Rodolfo Ozório Gatto, da 17ª Vara Criminal da Capital pedindo a antecipação de provas.
No entanto, o juiz manifestou a necessidade de o inquérito policial ser reaberto. A Polícia Civil de Alagoas não soube informar até por volta das 15h se havia um inquérito. "Pode não ter sido investigado", afirma Luci.
Ainda ontem, o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio Barenco, viajou a Recife para pedir informações à Polícia Civil de Pernambuco sobre supostos crimes praticados pelo ex-cabo da PM.
Outro lado
A reportagem entrou em contato por telefone e enviou um e-mail ao escritório do advogado Ademar Gomes, que defende Everaldo. Não houve resposta ao pedido de informações até por volta das 15h20 desta quarta.
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