Aos pouquinhos, os holofotes da Polícia Federal voltam a mirar o personagem central da Satiagraha: Daniel Dantas.
Em novo relatório, a PF reafirma: “Depois do que foi analisado, pudemos constatar que Daniel Valente Dantas lidera uma organização criminosa”.
O texto foi entregue ao juiz Fausto de Sanctis em 7 de novembro. Traz a assinatura do delegado Ricardo Saadi, que substituiu Protógenes Queiroz no comando do inquérito.
O documento tem 243 páginas, mais cinco anexos. Tudo acomdado num CD. Uma cópia foi às mãos do procurador da República Rodrigo de Grandis.
O Ministério Público prepara nova denúncia contra Daniel Dantas. Não é coisa para já. Os procedimentos, segundo De Grandis, estão em “fase preliminar”.
O repórter César Tralli teve acesso ao relatório de Ricardo Saadi. No texto, o delegado atribui ao fundador do Opportunity quatro crimes:
1. Gestão fraudulenta;
2. Lavagem de dinheiro;
3. Evasão de divisas;
4. Formação de quadrilha.
São delitos que Protógenes Queiroz já mencionara em relatório da primeira fase do inquérito. A diferença é que o texto de Saadi é seco, sem a verborragia do anterior.
Saadi escorou sus conclusões em dados extraídos de documentos apreendidos em 8 de julho, dia da deflagração da Satiagraha.
A PF ainda não conseguiu romper as senhas que protegem os arquivos constidos em computadores recolhidos na operação de busca e apreensão.
O substituto de Protógenes informa em seu relatório que vai precisar de mais tempo para concluir a segunda fase do inquérito.
De antemão, sustenta que o Grupo Oportunity cresceu nas pegadas da privatização de estatais telefônicas, sob FHC.
“Durante a gestão das empresas arrematadas, houve desvio de recursos das companhias”, escreve Saadi no relatório.
“Parte dos recursos da gestão fraudulenta foi lavada através da compra de fazendas e de gado e também por meio de terrenos para a exploração de minério”. A face bovina da investigação já havia sido levada às páginas, na semana passada, pelo repórter Mario Cesar Carvalho.
Eis o que informara Mario Cesar: “No documento [de Saadi], uma atividade aparentemente paralela de Dantas ganha relevância central:...”
“...A Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, empresa que em três anos se tornou proprietária de um dos maiores rebanhos do mundo, com cerca 500 mil cabeças, segundo Dantas, ou 1 milhão, de acordo com estimativas do mercado...”
“...A agropecuária é apontada como peça central na suposta lavagem de dinheiro que a PF atribui a Dantas. Segundo a investigação da PF, Dantas chegou a reunir cerca de US$ 800 milhões num fundo de investimento nas Ilhas Cayman...”
“...Parte do lucro obtido nessa operação retornou para o Brasil e foi aplicada em gado, ainda de acordo com a PF. Especialistas em lavagem de dinheiro dizem que gado é uma das melhores formas de converter recursos sem origem em dinheiro limpo”.
Nélio Machado, o advogado de Daniel Dantas, diz que são falsas as acusações da PF contra seu cliente. Afirma, de resto, que o inquérito está contaminado.
Em novo relatório, a PF reafirma: “Depois do que foi analisado, pudemos constatar que Daniel Valente Dantas lidera uma organização criminosa”.
O texto foi entregue ao juiz Fausto de Sanctis em 7 de novembro. Traz a assinatura do delegado Ricardo Saadi, que substituiu Protógenes Queiroz no comando do inquérito.
O documento tem 243 páginas, mais cinco anexos. Tudo acomdado num CD. Uma cópia foi às mãos do procurador da República Rodrigo de Grandis.
O Ministério Público prepara nova denúncia contra Daniel Dantas. Não é coisa para já. Os procedimentos, segundo De Grandis, estão em “fase preliminar”.
O repórter César Tralli teve acesso ao relatório de Ricardo Saadi. No texto, o delegado atribui ao fundador do Opportunity quatro crimes:
1. Gestão fraudulenta;
2. Lavagem de dinheiro;
3. Evasão de divisas;
4. Formação de quadrilha.
São delitos que Protógenes Queiroz já mencionara em relatório da primeira fase do inquérito. A diferença é que o texto de Saadi é seco, sem a verborragia do anterior.
Saadi escorou sus conclusões em dados extraídos de documentos apreendidos em 8 de julho, dia da deflagração da Satiagraha.
A PF ainda não conseguiu romper as senhas que protegem os arquivos constidos em computadores recolhidos na operação de busca e apreensão.
O substituto de Protógenes informa em seu relatório que vai precisar de mais tempo para concluir a segunda fase do inquérito.
De antemão, sustenta que o Grupo Oportunity cresceu nas pegadas da privatização de estatais telefônicas, sob FHC.
“Durante a gestão das empresas arrematadas, houve desvio de recursos das companhias”, escreve Saadi no relatório.
“Parte dos recursos da gestão fraudulenta foi lavada através da compra de fazendas e de gado e também por meio de terrenos para a exploração de minério”. A face bovina da investigação já havia sido levada às páginas, na semana passada, pelo repórter Mario Cesar Carvalho.
Eis o que informara Mario Cesar: “No documento [de Saadi], uma atividade aparentemente paralela de Dantas ganha relevância central:...”
“...A Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, empresa que em três anos se tornou proprietária de um dos maiores rebanhos do mundo, com cerca 500 mil cabeças, segundo Dantas, ou 1 milhão, de acordo com estimativas do mercado...”
“...A agropecuária é apontada como peça central na suposta lavagem de dinheiro que a PF atribui a Dantas. Segundo a investigação da PF, Dantas chegou a reunir cerca de US$ 800 milhões num fundo de investimento nas Ilhas Cayman...”
“...Parte do lucro obtido nessa operação retornou para o Brasil e foi aplicada em gado, ainda de acordo com a PF. Especialistas em lavagem de dinheiro dizem que gado é uma das melhores formas de converter recursos sem origem em dinheiro limpo”.
Nélio Machado, o advogado de Daniel Dantas, diz que são falsas as acusações da PF contra seu cliente. Afirma, de resto, que o inquérito está contaminado.
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