Alguns, incluindo um blogueiro chamado Vinu, publicaram inúmeras fotos dos danos causados pelos ataques que mataram 119 pessoas feriram 314, incluindo estrangeiros que estavam em hotéis de luxo. De acordo com as agências de notícias Efe e France Presse, porém, ele já chega a 125.
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As imagens dos ataques também apareceram no site de compartilhamento de fotos Flickr.
Alguns blogueiros fornecem descrições e comentários de perto dos locais atingidos, enquanto outros fazem relatos cheios de emoções.
Arte/Folha Online |
"Eu twittei quase a noite toda, também, a partir de Mumbai. Chateada, e com raiva e em luto" disse a empresária Dina Mehta em seu blog.
Twitter, o popular site de "micro-blogging" onde os usuários comunicam-se com mensagens de até 140 caracteres teve atividade intensa na quinta-feira. Em cinco segundos, às 13h18 do horário local (5h48 em Brasília), 80 mensagens foram postadas.
Os posts incluem ofertas de ajuda para os meios de comunicação e atualizações sobre a situação.
"Um terrorista pulou do prédio para a casa judaica Nariman. Um grupo de agentes da polícia chegou à cena ", escreveu um "tweeter".
O Twitter recebeu algumas críticas na blogosfera por divulgar tantos detalhes que poderia revelar-se útil para os homens que mantinham reféns em hotéis e que poderiam estar monitorando os sites.
"É um ataque terrorista. Não entretenimento. Então, tweeters, por favor, sejam responsáveis com seus tweets", afirmou um blogueiro identificado como primaveron@mumbai.
Várias redes locais de notícias alimentaram canais de twitter com atualizações sobre os ataques.
Tentando ajudar os fracos serviços públicos da Índia, o Mumbai Met Blog postou os números de telefone de hospitais em seu website, incentivando os leitores a doar sangue.
Blogs como Mumbai Help, ofereceram aconselhamento para aqueles com amigos e familiares na cidade. "Sugerimos que você evite telefonar. As linhas estão perto do colapso."
O analista de novas mídias, Cherian George disse que acontecimentos como os ataques de Mumbai e os atentados de Londres têm deixado claro o surgimento do "jornalismo cidadão" e de conteúdos produzidos pelos utilizadores.
"Se o evento é muito disperso e atinge um grande número de pessoas, seria fisicamente impossível para uma empresa muito grande de notícias manter um registro de cada desenvolvimento", disse George.
"Esse tipo de acontecimento mostra o grande potencial de todos esses relatos de usuários deve ser valiosas para os principais meios de comunicação", disse ele.
Orkut
Manifestações de luto e de raiva tomaram também a rede de relacionamento Orkut, que a exemplo do Brasil tem grande popularidade na Índia.
Em comunidades da cidade de Mumbai e nas dedicadas a discutir política e terrorismo há um debate intenso sobre a forma mais adequada de reagir aos ataques. Muitos defendem que o governo tome alguma atitude contra o Paquistão, a quem acusam pelas ações.
Desde 1947, a Índia disputa com o Paquistão a região da Caxemira.
Usuários paquistaneses defendem o país e dizem que a identidade dos autores dos ataques ainda é desconhecida e todo o país não pode ser confundido com a ação de extremistas.
"Nós não pertencemos a nenhuma força terrorista", escreveu um usuário paquistanês. "Nós também temos esse grande problema em nosso país."
Os ataques foram reivindicados por um grupo islâmico até então pouco conhecido chamado Mujahideen de Deccan, nome de uma região da Índia. Nesta quinta, uma autoridade local disse que um terrorista de nacionalidade paquistanesa foi preso.
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