Grace Kelly conquistou os Estados Unidos com beleza e talento. O nascimento plebeu não a impediu que fosse coroada. Homônima da princesa de Mônaco, a Grace Kelly brasileira ocupa o trono da raça: ostenta sete títulos internacionais de a melhor representante de labrador.
A vida da estrela, como a da atriz americana que encarnou um autêntico conto de fadas, lembra enredo de filme. A cadela Grace Kelly nasceu de uma pulada de cerca da mãe. O tratador esqueceu a porta do canil aberta. A mãe, uma labrador sueca, fugiu e cruzou.
Maria do Carmo/Folha Imagem
Após ganhar o título de a melhor representante da raça, a labrador Grace Kelly, 4, se aposentou e virou mãe de filhotes de US$ 2.000
"Havia duas possibilidades de paternidade. Fizemos DNA para descobrir qual deles era o pai", conta o criador, Paulo Cimermam, 46. Só assim, o filhote, hoje com quatro anos, teve o pedigree registrado. O pai, Morgan, é um expoente da raça, cujo seguro é de US$ 50 mil, cerca de 10% do seu valor. Morando nos EUA, o cão espalha pelo mundo seus genes de campeão.
Filha de suecos, Grace Kelly nasceu em Juquitiba (78 km a sudoeste de São Paulo). Ela demorou para mostrar seu potencial. Acostumado a esperar 55 dias para avaliar os animais segundo os padrões da raça, o criador só percebeu que a cadela se destacava dos outros cães depois de nove meses. "Ela teve amadurecimento tardio. A beleza só apareceu depois de algum tempo", afirma Paulo.
A vida de princesa de Grace Kelly começou em outubro de 2006, quando ela foi para os Estados Unidos participar do seu primeiro concurso. No dia seguinte à chegada, a cadela venceu o prestigiado "Bare Bones Labrador Retriever of Potomac", em Maryland. Levou o "Best Of Winners" --vencedor dos vencedores. Foi a primeira vez que um cão estrangeiro abocanhou o prêmio.
Na semana seguinte, a cadela brasileira levou outro prêmio especializado, conquistando em 15 dias o que normalmente os cães levam um ano e diversos concursos para obter. Entrava, assim, para a elite, no mais prestigiado circuito do mundo.
O sucesso rendeu o apelido "Girl from Brazil". Ela adora a vida de glamour. "Quando começa a apresentação, você percebe a satisfação dela, que nasceu para ficar em exposição. Poucos animais têm essa vocação", diz Paulo. Grace Kelly faturou outros seis concursos ao longo do ano passado, período em que "morou" nos EUA. O mérito é grande: cada prova especializada costuma ter entre 300 e 400 cães competidores. Hoje, ela figura entre os dez melhores labradores do mundo. O ranking internacional tem 1.340 animais. "Foi uma questão de sorte. É como se, em uma classe, eu tivesse uma Gisele Bündchen", compara o criador.
Mãe de família
A cadela top voltou a viver em Juquitiba, no ano passado, quando deixou os concursos para iniciar a vida reprodutiva. Como Grace Kelly, a atriz, a labrador também abandonou os holofotes para construir uma família. Ela e Wyscoy Robin, outro cão americano superpremiado, formaram uma espécie de "Casal 20" do mundo canino. O resultado na união foram oito filhotes nascidos em janeiro deste ano. Quatro foram vendidos para criadores no Chile e nos Estados Unidos. Cada um por US$ 2.000. Os outros vivem no Brasil com a mãe.
Vencer provas não rende dinheiro, mas prestígio. Paulo explica que Grace Kelly projetou seu nome internacionalmente. Hoje, ele tem quatro campeões. A venda dos filhotes é a atividade lucrativa do canil. No entanto, a labrador não tem preço. Quando ganhou o primeiro prêmio, Paulo diz ter recusado oferta de US$ 40 mil por ela.
Longe das competições, Grace Kelly divide a atenção com 43 labradores. Os cães dispõem de 3.000 m2 entre canis, áreas de descanso e exercícios. A estrela não tem tratamento diferenciado. Para manter os 35 quilos harmoniosamente distribuídos pelos 54 centímetros, nada na piscina do canil.
Diferentemente dos cães comuns, a campeã é habitué de aeroportos. Já viajou por seis países. Não se importa com os longos vôos dentro de caixas de transporte no compartimento de bagagem dos aviões. E, apesar do estresse das idas e vindas, se comporta como uma lady. "Ela dorme na cama dos hotéis", explica Paulo.
Por trás de tanto sucesso, existem cerca de 15 profissionais brasileiros e americanos. São tratadores, treinadores, veterinários e os "handlers" -pessoas que conduzem os cães nas apresentações. Preparada para competir, Grace Kelly é bilíngüe. Obedece com naturalidade a comandos em inglês e português. Domínio que continuará sendo útil nas exibições, agora como convidada, mundo afora. Afinal, quem foi princesa não perde a majestade.
Confira como é o porte de um campeão:
1 - Cabeça: larga; testa ligeiramente pronunciada
2 - Pêlo: curto, denso e resistente, inclusive à água
3 - Cauda: segue o alinhamento do corpo
4 - Patas: fortes e compactas; dedos arqueados
5 - Focinho: preto em cães pretos e amarelos; marrom nos animais cor de chocolate
6 - Ombros: posicionados para trás, devem formar ângulo de 90o com o braço 7 altura de 56 cm a 61 cm e peso de 25 kg a 36,5 kg
A vida da estrela, como a da atriz americana que encarnou um autêntico conto de fadas, lembra enredo de filme. A cadela Grace Kelly nasceu de uma pulada de cerca da mãe. O tratador esqueceu a porta do canil aberta. A mãe, uma labrador sueca, fugiu e cruzou.
Maria do Carmo/Folha Imagem
Após ganhar o título de a melhor representante da raça, a labrador Grace Kelly, 4, se aposentou e virou mãe de filhotes de US$ 2.000
"Havia duas possibilidades de paternidade. Fizemos DNA para descobrir qual deles era o pai", conta o criador, Paulo Cimermam, 46. Só assim, o filhote, hoje com quatro anos, teve o pedigree registrado. O pai, Morgan, é um expoente da raça, cujo seguro é de US$ 50 mil, cerca de 10% do seu valor. Morando nos EUA, o cão espalha pelo mundo seus genes de campeão.
Filha de suecos, Grace Kelly nasceu em Juquitiba (78 km a sudoeste de São Paulo). Ela demorou para mostrar seu potencial. Acostumado a esperar 55 dias para avaliar os animais segundo os padrões da raça, o criador só percebeu que a cadela se destacava dos outros cães depois de nove meses. "Ela teve amadurecimento tardio. A beleza só apareceu depois de algum tempo", afirma Paulo.
A vida de princesa de Grace Kelly começou em outubro de 2006, quando ela foi para os Estados Unidos participar do seu primeiro concurso. No dia seguinte à chegada, a cadela venceu o prestigiado "Bare Bones Labrador Retriever of Potomac", em Maryland. Levou o "Best Of Winners" --vencedor dos vencedores. Foi a primeira vez que um cão estrangeiro abocanhou o prêmio.
Na semana seguinte, a cadela brasileira levou outro prêmio especializado, conquistando em 15 dias o que normalmente os cães levam um ano e diversos concursos para obter. Entrava, assim, para a elite, no mais prestigiado circuito do mundo.
O sucesso rendeu o apelido "Girl from Brazil". Ela adora a vida de glamour. "Quando começa a apresentação, você percebe a satisfação dela, que nasceu para ficar em exposição. Poucos animais têm essa vocação", diz Paulo. Grace Kelly faturou outros seis concursos ao longo do ano passado, período em que "morou" nos EUA. O mérito é grande: cada prova especializada costuma ter entre 300 e 400 cães competidores. Hoje, ela figura entre os dez melhores labradores do mundo. O ranking internacional tem 1.340 animais. "Foi uma questão de sorte. É como se, em uma classe, eu tivesse uma Gisele Bündchen", compara o criador.
Mãe de família
A cadela top voltou a viver em Juquitiba, no ano passado, quando deixou os concursos para iniciar a vida reprodutiva. Como Grace Kelly, a atriz, a labrador também abandonou os holofotes para construir uma família. Ela e Wyscoy Robin, outro cão americano superpremiado, formaram uma espécie de "Casal 20" do mundo canino. O resultado na união foram oito filhotes nascidos em janeiro deste ano. Quatro foram vendidos para criadores no Chile e nos Estados Unidos. Cada um por US$ 2.000. Os outros vivem no Brasil com a mãe.
Vencer provas não rende dinheiro, mas prestígio. Paulo explica que Grace Kelly projetou seu nome internacionalmente. Hoje, ele tem quatro campeões. A venda dos filhotes é a atividade lucrativa do canil. No entanto, a labrador não tem preço. Quando ganhou o primeiro prêmio, Paulo diz ter recusado oferta de US$ 40 mil por ela.
Longe das competições, Grace Kelly divide a atenção com 43 labradores. Os cães dispõem de 3.000 m2 entre canis, áreas de descanso e exercícios. A estrela não tem tratamento diferenciado. Para manter os 35 quilos harmoniosamente distribuídos pelos 54 centímetros, nada na piscina do canil.
Diferentemente dos cães comuns, a campeã é habitué de aeroportos. Já viajou por seis países. Não se importa com os longos vôos dentro de caixas de transporte no compartimento de bagagem dos aviões. E, apesar do estresse das idas e vindas, se comporta como uma lady. "Ela dorme na cama dos hotéis", explica Paulo.
Por trás de tanto sucesso, existem cerca de 15 profissionais brasileiros e americanos. São tratadores, treinadores, veterinários e os "handlers" -pessoas que conduzem os cães nas apresentações. Preparada para competir, Grace Kelly é bilíngüe. Obedece com naturalidade a comandos em inglês e português. Domínio que continuará sendo útil nas exibições, agora como convidada, mundo afora. Afinal, quem foi princesa não perde a majestade.
Confira como é o porte de um campeão:
1 - Cabeça: larga; testa ligeiramente pronunciada
2 - Pêlo: curto, denso e resistente, inclusive à água
3 - Cauda: segue o alinhamento do corpo
4 - Patas: fortes e compactas; dedos arqueados
5 - Focinho: preto em cães pretos e amarelos; marrom nos animais cor de chocolate
6 - Ombros: posicionados para trás, devem formar ângulo de 90o com o braço 7 altura de 56 cm a 61 cm e peso de 25 kg a 36,5 kg
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