Carro de som da "Cavalgada da Expomerda" passando pela avenida Sete de Setembro, em alvo volume, a menos de cem metros do hospital Prontocor. A foto foi feita de uma janela do 3º andar desse importante centro clínico.
É livre a reprodução desta matéria; pede-se a citação do site e do autor TEXTO E FOTOS DE NELSON TOWNES NoticiaRo.com PORTO VELHO, sábado, 7 de junho de 2008(*) – O mais odiado evento do ano em Porto Velho, a Cavalgada da Expovel – também chamada de a Cavalgada da Expomerda – desrespeitou até mesmo os hospitais localizados ao longo do percurso das motocicletas, cavalos, carretas lotadas de bêbados e carros de som tocando músicas de mau gosto com volume de milhares de decibéis acima do permitido. Durante cerca de três horas, por exemplo, os pacientes do hospital Prontocor, localizado na esquina das ruas Paulo Leal com Marechal Deodoro, tiveram o repouso interrompido – e alguns se queixaram de abalo em sua recuperação – pelo som da cavalgada passando pela avenida Sete de Setembro, a menos de cem metros desse do centro clínico, um dos mais maiores e mais importantes da cidade. Enquanto os cavalos passavam, acompanhados por motocicletas, algumas com o escapamento aberto, e por carretas lotadas de mulheres e homens bêbados num cenário de promiscuidade que incluía menores de idade, amaldiçoados carros de som, cada qual tocando músicas de ritmos diferentes – tendo em comum o mau gosto – a população se via impedida de transitar pelas avenidas ocupadas pelo interminável carnaval agropecuário. Não adiantada ligar para o telefone 190 da Polícia Militar, para pedir que o Estado pelo menos impusesse o cumprimento da lei nas áreas próximas dos hospitais. Um atendente com voz de sono e pouco intelecto simplesmente custava a entender a natureza da queixa e no fim dizia que não podia fazer naeda. E desligava o telefone quando se perguntava sua identidade. O telefone do Batalhão da Polícia Ambiental (3230 1274) mostrou um sinal de vida mais inteligente. O atendente, que se identificou como soldado PM Messias, disse que o policiamento militar ambiental “estava na área fiscalizando.” Fiscalizando o quê? Talvez o cocô dos cavalos dos bandidos da poluição ambiental sonora por que, ao invés de reduzir o volume, os participantes da Cavalgada da Expomerda – como batizou um irritado morador de Portoi Velho – pareciam aumenta-lo a medida em que as horas passavam. A Expomerda é o nome que a Exposição Agropecuária de Porto Velho também recebe dos comerciantes que vêem no evento o primeiro das três coisas que empobrecem Porto Velho no meio do ano e fazem o movimento nas lojas cair em agosto. Para poder entrar nas carretas dos bêbados, cada participante tinha que estar vestido com uma camiseta de pano barato que é vendida por R$ 70 a unidade. Depois da “Expomerda”, onde a população é induzida a um consumismo além de suas possibilidades, vem o Arraial da Flor do Maracujá, um festival gastronônimo e folclórico com valor cultural, é verdade, e bem mais ligado às nossas tradições do que a sujeira que “galera do peão” faz na cidade – mas com preços também acima da realidade financeira do povo. O pior de todos é o Carnaval Fora de Época, realizado por trios elétricos caça-níqueis da Bahia. A Expomerda e o Aarraial da Flor do Maracujá, não obstante os preços altíssimos de seus serviços ou entretenimento, mantém o dinheiro em Porto Velho. Já o Carnaval Fora de Época, com seus ridículos e caríssimos abadás, drenam o dinheiro dos rondonienses para fora do Estado.. (*) Faltam 30 dias para Porto Velho completar 101 anos de fundação e ninguém até agora está fazendo nada para comemorar a data.
É livre a reprodução desta matéria; pede-se a citação do site e do autor TEXTO E FOTOS DE NELSON TOWNES NoticiaRo.com PORTO VELHO, sábado, 7 de junho de 2008(*) – O mais odiado evento do ano em Porto Velho, a Cavalgada da Expovel – também chamada de a Cavalgada da Expomerda – desrespeitou até mesmo os hospitais localizados ao longo do percurso das motocicletas, cavalos, carretas lotadas de bêbados e carros de som tocando músicas de mau gosto com volume de milhares de decibéis acima do permitido. Durante cerca de três horas, por exemplo, os pacientes do hospital Prontocor, localizado na esquina das ruas Paulo Leal com Marechal Deodoro, tiveram o repouso interrompido – e alguns se queixaram de abalo em sua recuperação – pelo som da cavalgada passando pela avenida Sete de Setembro, a menos de cem metros desse do centro clínico, um dos mais maiores e mais importantes da cidade. Enquanto os cavalos passavam, acompanhados por motocicletas, algumas com o escapamento aberto, e por carretas lotadas de mulheres e homens bêbados num cenário de promiscuidade que incluía menores de idade, amaldiçoados carros de som, cada qual tocando músicas de ritmos diferentes – tendo em comum o mau gosto – a população se via impedida de transitar pelas avenidas ocupadas pelo interminável carnaval agropecuário. Não adiantada ligar para o telefone 190 da Polícia Militar, para pedir que o Estado pelo menos impusesse o cumprimento da lei nas áreas próximas dos hospitais. Um atendente com voz de sono e pouco intelecto simplesmente custava a entender a natureza da queixa e no fim dizia que não podia fazer naeda. E desligava o telefone quando se perguntava sua identidade. O telefone do Batalhão da Polícia Ambiental (3230 1274) mostrou um sinal de vida mais inteligente. O atendente, que se identificou como soldado PM Messias, disse que o policiamento militar ambiental “estava na área fiscalizando.” Fiscalizando o quê? Talvez o cocô dos cavalos dos bandidos da poluição ambiental sonora por que, ao invés de reduzir o volume, os participantes da Cavalgada da Expomerda – como batizou um irritado morador de Portoi Velho – pareciam aumenta-lo a medida em que as horas passavam. A Expomerda é o nome que a Exposição Agropecuária de Porto Velho também recebe dos comerciantes que vêem no evento o primeiro das três coisas que empobrecem Porto Velho no meio do ano e fazem o movimento nas lojas cair em agosto. Para poder entrar nas carretas dos bêbados, cada participante tinha que estar vestido com uma camiseta de pano barato que é vendida por R$ 70 a unidade. Depois da “Expomerda”, onde a população é induzida a um consumismo além de suas possibilidades, vem o Arraial da Flor do Maracujá, um festival gastronônimo e folclórico com valor cultural, é verdade, e bem mais ligado às nossas tradições do que a sujeira que “galera do peão” faz na cidade – mas com preços também acima da realidade financeira do povo. O pior de todos é o Carnaval Fora de Época, realizado por trios elétricos caça-níqueis da Bahia. A Expomerda e o Aarraial da Flor do Maracujá, não obstante os preços altíssimos de seus serviços ou entretenimento, mantém o dinheiro em Porto Velho. Já o Carnaval Fora de Época, com seus ridículos e caríssimos abadás, drenam o dinheiro dos rondonienses para fora do Estado.. (*) Faltam 30 dias para Porto Velho completar 101 anos de fundação e ninguém até agora está fazendo nada para comemorar a data.
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