De acordo com a pesquisa, nos primeiros três meses de 2008, 41,565 milhões de pessoas com 16 anos ou mais declararam ter acesso à internet, o maior nível atingido no Brasil desde setembro de 2000, quando a empresa começou a fazer a medição no Brasil.
Dado que o Brasil tem aproximadamente 184 milhões de habitantes, o número de internautas já equivale a 22,5% da população.
"[Os dados] refletem as políticas públicas de abertura de pontos de acesso à internet em escolas, bibliotecas, telecentros e muitos outros locais, além da avalanche de facilidades para adquirir computadores novos, como financiamentos em muitas prestações e equipamentos mais baratos por causa da concorrência entre os fabricantes de computador", afirma Alexandre Sanches Magalhães, gerente de análise do Ibope, em nota.
Prova dessa expansão é que as vendas de computadores chegaram a 2,82 milhões de PCs no primeiro trimestre deste ano no Brasil, o equivalente a cerca de 21,5 unidades por minuto, segundo dados da consultoria IDC. Atualmente, o país é o quinto maior mercado de PCs, atrás de Estados Unidos, China, Japão e Reino Unido.
Em casa
Em maio deste ano, o número de usuários residenciais ativos --que acessam a rede ao menos uma vez por mês-- também foi recorde: chegou a 23,1 milhões de pessoas, uma alta de 29% em relação aos 17,9 milhões de maio de 2007. O número de pessoas com acesso residencial, mas que não necessariamente usaram a rede, chegou a 35,5 milhões de pessoas, afirma o Ibope.
O brasileiro se manteve em maio como o que gasta, em média, mais horas na internet --ficou 23 horas e 48 minutos conectado no mês, uma hora e um minuto do que o tempo utilizado em abril. Os países que mais se aproximaram do tempo residencial médio do internauta brasileiro foram o Japão (21h34min), a França (20h23min), os Estados Unidos (19h46min) e a Austrália (18h00min).
Mais bolo
Com esse crescimento, as empresas passam a investir mais na internet. O investimento publicitário na rede cresceu 36% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 134,3 milhões --pela primeira vez a internet recebeu mais recursos que a TV por assinatura no país, segundo o projeto Inter-Meios, que mede o faturamento dos veículos de comunicação.
A internet foi a mídia que mais cresceu, em termos percentuais, durante o período, mas ainda tem uma participação pequena frente a outros meios. No total, durante o primeiro trimestre de 2008, a internet ficou com uma fatia de 3,24% do bolo publicitário, contra 2,84% da televisão paga e 3,19% da mídia exterior.
Segundo a publicação especializada "Meio & Mensagem", que faz o levantamento, esse índice era de 1,5% para a internet em 2003, quando o investimento em web começou a ser medido pela pesquisa.
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