terça-feira, 2 de setembro de 2008

STF arquiva pedido de liberdade do pai acusado de mandar matar filha

Empresário e pai estão presos desde 11 de agosto acusados do crime. Publicitária Renata Archilla foi atacada por homem vestido de papai noel.
O Supremo Tribunal Federal (STF) mandou arquivar nesta terça-feira (2) o pedido de habeas corpus impetrado pelo empresário Renato Grembecky Archilla, de 49 anos, e pelo pai dele, Nicolau Archilla Galan, de 81 anos. Eles estão presos desde 11 de agosto acusados de mandar matar a filha de Renato, a publicitária Renata Guimarães Archilla, de 29 anos, atacada por um policial militar vestido de papai noel em 2001.

A jovem sobreviveu após levar três tiros e os dois respondem por tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe. De acordo com a assessoria do STF, os ministros negaram por unanimidade seguimento ao pedido. O relator do processo, ministro Cezar Peluso, sugeriu o arquivamento. A decisão ocorreu porque o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ainda não avaliaram os fundamentos de outros pedidos de habeas corpus.

A defesa dos dois sustentou que não há provas de que eles tenham encomendado o crime.O advogado também alega no pedido que a promotoria nunca apresentou evidências da participação deles no crime, além disso, a família moraria no mesmo lugar há 41 anos e os acusados não atrapalhariam as investigações. O G1 procurou o advogado de defesa do empresário e do pai, mas não conseguiu contato até as 16h desta terça-feira (2).
Acusação
Em 2006, o ex-PM foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão pelo crime. “Sempre soubemos que a atuação dele não era autônoma, ele fez a mando de alguém. Soubemos que só poderia ter partido do pai e do avô, uma vez que ela era considerada herdeira bastarda”, diz o promotor Roberto Tardelli, responsável pelo caso.

O crime aconteceu, de acordo com a promotoria, depois que a vítima confirmou que era filha do empresário. “A investigação de paternidade demorou mais de 10 anos, quatro exames de DNA foram feitos. Isso acabou fazendo com que eles ficassem cada vez mais apreensivos”, explica Tardelli.

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