segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Detento foge da prisão e volta após pedido de comandante, no Amazonas

MANAUS - O detento Eliézio Andrade Paes, condenado a dez anos de reclusão por tráfico de drogas e porte ilegal de arma, fugiu do Comando de Policiamento Especial (CPE), no bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste, na tarde de sábado (13), mas voltou para a prisão depois de ser localizado, via celular, pelo comandante da cavalaria do CPE, tenente-coronel Augusto Magno. As informações são do terceiro sargento PM, Luiz Alberto dos Santos Ramos, que foi preso acusado de facilitar a fuga de Eliézio. A informação é do Diário do Amazonas.O detento disse que não teve dificuldades para sair do local, que não possui muros. “Ele me disse que saiu por volta das 17h pelos fundos tranqüilamente”, afirmou o advogado do sargento, Abdalla Isaac Sahdo Júnior. “O coronel Magno ligou para o Eliézio e disse que ele poderia ir pro quartel que estava garantido que nada aconteceria”, afirmou o sargento Luís Ramos. A ausência do preso somente foi percebida por volta de 1h de ontem. “O tenente Magno chegou ao CPE perguntando se o Eliézio estava na cela. Eu respondi que era para estar já que os soldados haviam me informado que não havia alterações após o encerramento do horário de visita”, disse o sargento. ContatoA entrada para visitantes, segundo ele, foi liberada às 12h e encerrada às 17h. “Assim que demos falta dele no CPE, consegui o endereço e o telefone do traficante com os outros presos e passei as informações para o coronel Magno. Eu mesmo liguei e passei o telefone para ele”, disse Ramos. Ele afirmou estar indignado com o depoimento do comandante à Corregedoria da Polícia Militar. “Ele disse que eu tinha o telefone do preso. Todos viram que eu consegui o número ali na hora”, disse. Os soldados Emerson de Souza Paima, Alan de Souza Neves e Alberto Mota de Albuquerque, que estavam no plantão, foram arrolados como testemunhas e referendaram a informação do coronel, segundo Ramos. “O que me intriga é: como alguém que sai da prisão às 17h, fica tranqüilo, não se esconde nem nada até 1h30 do dia seguinte”, afirmou o advogado de Ramos. Segundo ele, Eliézio disse que estava na casa da mulher dele, no bairro Compensa, zona Oeste de Manaus, quando atendeu à ligação. Ao término do horário de visita, Ramos não fez a conferência dos presos. Ele afirmou que ficou, logo após o almoço, no alojamento dos sargentos, a aproximadamente 200 metros do local onde ficam os presos. “Voltei por volta das 16h e confiei na informação dos soldados de que não havia alterações no plantão”, disse.

Nenhum comentário: