sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Passa de 60 número de mortos em atentado no Paquistão

Duas mesquitas foram alvos de explosões; quase 4.000 morreram nos últimos tempos

Do R7, com agências internacionais

Hasham Ahmed/05.11.2010/AFPHasham Ahmed/05.11.2010/AFP

Voluntários carregam homem ferido em explosão no noroeste do Paquistão; homem-bomba detonou explosivos dentro de mesquita nesta sexta


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Pelo menos 64 fiéis morreram e mais de cem ficaram feridos nesta sexta-feira (5) em dois atentados contra mesquitas no noroeste do Paquistão. O ataque ocorreu no final do momento de orações, depois de um período de relativa tranquilidade na guerra entre grupos militantes.

O ataque, o maior no Paquistão desde setembro, ocorreu em Darra Adam Khel, um subúrbio de Peshawar, capital da região de Khyber-Pakhtunkhwa. Cerca de 300 pessoas estavam reunidas logo após as orações quando o homem-bomba entrou no salão principal da mesquita Waali e detonou os explosivos.

O segundo ataque teve como alvo uma mesquita de Suleman Khel, uma aldeia situada a 15 km da anterior. Pelo menos quatro granadas foram lançadas contra o centro religioso, causando a morte de três pessoas e ferindo 14, informou Hameed Afridi, administrador da mesquita.

O chefe da polícia regional, Jalid Umarzai, explicou que muitas das vítimas não morreram na explosão, mas ficaram presas entre os escombros.

- O teto principal desabou e muita gente ficou presa entre os escombros.

Conflito já matou 3.800 no Paquistão

Quase 3.800 pessoas morreram desde 2007 em todo o país em uma onda de mais de 400 atentados e ataques - principalmente suicidas - cometidos pelo grupo insurgente Taleban do Paquistão, aliado da rede terrorista Al Qaeda. Mais uma vez, os militantes são suspeitos.

O Taleban decretou em 2007 uma jihad (guerra santa) contra o governo paquistanês, por seu apoio à "guerra contra o terrorismo" promovida pelos Estados Unidos. As zonas tribais do noroeste do país, fronteiriças do Afeganistão, são a principal base dos insurgentes.

Geralmente, os homens-bomba atacam prédios do governo e das forças de segurança, mas nos últimos meses houve um número grande de atentados contra alvos civis, incluindo mesquitas de correntes minoritárias do islã, como os xiitas e os sufis, considerados hereges pelos talibãs, sunitas radicais.

Os aviões teleguiados da Agência Central de Inteligência americana (CIA) disparam mísseis na área quase diariamente para tentar acabar com os dirigentes da rede de Osama bin Laden e do Taleban.

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