

Ao final dos anos 60, a editora Abril já estava confortavelmente instalada no mercado das publicações infantis e femininas, as revistas Realidade e Veja cobriam a atualidade e Quatro Rodas falava de carros e de aventuras. Eram poucas, no entanto, as revistas diretamente voltadas para os leitores, com a distinção do gênero. Para conquistar de vez aquele leitor masculino, faltava explorar dois assuntos - sexo e futebol. Para falar de sexo a editora lançou a revista Playboy. Em relação ao futebol, grande paixão nacional, resolveu lançar no mercado uma revista especializada no esporte. A idéia de uma revista esportiva não era nova. Datava exatamente de 16 de julho de 1950, dia da fatídica final da Copa do Mundo em que o Brasil perdeu para o Uruguai no estádio do Maracanã. Contaminado pela febre daquele mundial, o lendário Victor Civita resolveu que um dia sua então recém-fundada editora lançaria uma revista sobre esportes.
Em 1952, chegou-se a fazer o esboço de uma publicação, que levaria o nome Placar. Mas a estrutura da editora ainda era pequena, não comportava uma equipe do tamanho que desejavam, e o título foi registrado e engavetado. Placar, “a revista semanal esportiva”, só foi às bancas no dia 20 de março de 1970, às vésperas da Copa do Mundo no México. Em seu primeiro número teve a foto estampada daquele que foi considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos, o rei Pelé.
O motivo é claro: Pelé estava vivendo um momento ímpar de sua carreira, e a revista investia nessa imagem para conquistar o País como um veículo que surgia para ser um expoente em informação sobre futebol. Porém, o principal gancho para o lançamento da revista era a estréia da Loteria Esportiva, que tinha como mote “Aprenda a ficar tão rico quanto Pelé”. A seção mais lida era justamente a de prognósticos dos resultados. Mas não foi só isso. Placar destacou-se por seu experiente time, saído das páginas esportivas dos principais jornais do país, e por suas reportagens exclusivas, que perduram até hoje. Placar surgiu no início de uma década atravessada, entre outras coisas, por uma mudança no comportamento do brasileiro.
Placar nasceu semanal (a efígie de Pelé cunhada numa bolacha de latão dourada, aplicada à capa da edição nº 1, com mais de 500 mil exemplares de tiragem), passou a mensal, voltou a semanal, mudou de formato, de conteúdo, de papel, caracterizando-se como uma publicação de resistência e de persistência. Ainda em 1970, a revista inaugurou a entrega da Bola de Prata para os melhores do campeonato justamente em uma edição da Taça de Prata. Veja só a seleção do torneio: Picasso (Bahia); Humberto Monteiro (Atlético-MG), Brito (Cruzeiro), Reyes (Flamengo) e Everaldo (Grêmio); Zanata (Flamengo), Dirceu Lopes (Cruzeiro) e Samarone (Fluminense); Vaguinho (Atlético Mineiro), Tostão (Cruzeiro) e Paulo César Caju (Botafogo).
Pelé não recebia nota por ser hors-concours e ainda não havia a entrega da Bola de Ouro. Durante os anos 70, a revista vai ganhando o terreno e passa a ser a principal referência informativa e futebolística do País. A cobertura do campeonato brasileiro (naquele ano se chamava Torneio Roberto Gomes Pedrosa) foi um ponto alto nessa primeira década de vida da revista.
Os anos 90 chegaram repletos de mudanças. Em abril de 1995, a revista renova o foco, tamanho, slogan e outros mais. "Futebol, sexo e rock'n roll" era o novo slogan, apostando na tentativa de ganhar público e abranger o maior número de leitores.
A tática aos poucos foi sendo notada como uma frustração e não inovação. Um ano depois a revista faz nova mudança sendo a principal o tamanho, que volta a ser como antes. Esse padrão vai até meados de 2000, quando o veículo completa 30 anos de existência. O slogan é retirado e o foco volta a ser o futebol brasileiro.
-Você sabia?● Grandes nomes do jornalismo esportivo passaram pela revista, entre eles Milton Coelho da Graça, Jairo Régis, Juca Kfouri, Lemyr Martins, João Ratt, Jangada, Maurício Cardoso, Carlos Maranhão, Biriba e Celso Kinjô. Da fase de relançamento, com Juca Kfouri, logo após a conquista do Tetra, em 1994, vieram outros colegas como Leão Serva e Alfredo Ogawa, até chegar à equipe atual, comandada por Sérgio Xavier Filho, integrada ainda pelo redator-chefe André Fontenelle, pelos editores Fábio Volpe, André Rizek e Arnaldo Ribeiro e pelos repórteres Eduardo Cordeiro, em São Paulo, e Léo Romano, no Rio de Janeiro.
Em 1952, chegou-se a fazer o esboço de uma publicação, que levaria o nome Placar. Mas a estrutura da editora ainda era pequena, não comportava uma equipe do tamanho que desejavam, e o título foi registrado e engavetado. Placar, “a revista semanal esportiva”, só foi às bancas no dia 20 de março de 1970, às vésperas da Copa do Mundo no México. Em seu primeiro número teve a foto estampada daquele que foi considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos, o rei Pelé.
O motivo é claro: Pelé estava vivendo um momento ímpar de sua carreira, e a revista investia nessa imagem para conquistar o País como um veículo que surgia para ser um expoente em informação sobre futebol. Porém, o principal gancho para o lançamento da revista era a estréia da Loteria Esportiva, que tinha como mote “Aprenda a ficar tão rico quanto Pelé”. A seção mais lida era justamente a de prognósticos dos resultados. Mas não foi só isso. Placar destacou-se por seu experiente time, saído das páginas esportivas dos principais jornais do país, e por suas reportagens exclusivas, que perduram até hoje. Placar surgiu no início de uma década atravessada, entre outras coisas, por uma mudança no comportamento do brasileiro.
Placar nasceu semanal (a efígie de Pelé cunhada numa bolacha de latão dourada, aplicada à capa da edição nº 1, com mais de 500 mil exemplares de tiragem), passou a mensal, voltou a semanal, mudou de formato, de conteúdo, de papel, caracterizando-se como uma publicação de resistência e de persistência. Ainda em 1970, a revista inaugurou a entrega da Bola de Prata para os melhores do campeonato justamente em uma edição da Taça de Prata. Veja só a seleção do torneio: Picasso (Bahia); Humberto Monteiro (Atlético-MG), Brito (Cruzeiro), Reyes (Flamengo) e Everaldo (Grêmio); Zanata (Flamengo), Dirceu Lopes (Cruzeiro) e Samarone (Fluminense); Vaguinho (Atlético Mineiro), Tostão (Cruzeiro) e Paulo César Caju (Botafogo).
Pelé não recebia nota por ser hors-concours e ainda não havia a entrega da Bola de Ouro. Durante os anos 70, a revista vai ganhando o terreno e passa a ser a principal referência informativa e futebolística do País. A cobertura do campeonato brasileiro (naquele ano se chamava Torneio Roberto Gomes Pedrosa) foi um ponto alto nessa primeira década de vida da revista.
Os anos 90 chegaram repletos de mudanças. Em abril de 1995, a revista renova o foco, tamanho, slogan e outros mais. "Futebol, sexo e rock'n roll" era o novo slogan, apostando na tentativa de ganhar público e abranger o maior número de leitores.
A tática aos poucos foi sendo notada como uma frustração e não inovação. Um ano depois a revista faz nova mudança sendo a principal o tamanho, que volta a ser como antes. Esse padrão vai até meados de 2000, quando o veículo completa 30 anos de existência. O slogan é retirado e o foco volta a ser o futebol brasileiro.
-Você sabia?● Grandes nomes do jornalismo esportivo passaram pela revista, entre eles Milton Coelho da Graça, Jairo Régis, Juca Kfouri, Lemyr Martins, João Ratt, Jangada, Maurício Cardoso, Carlos Maranhão, Biriba e Celso Kinjô. Da fase de relançamento, com Juca Kfouri, logo após a conquista do Tetra, em 1994, vieram outros colegas como Leão Serva e Alfredo Ogawa, até chegar à equipe atual, comandada por Sérgio Xavier Filho, integrada ainda pelo redator-chefe André Fontenelle, pelos editores Fábio Volpe, André Rizek e Arnaldo Ribeiro e pelos repórteres Eduardo Cordeiro, em São Paulo, e Léo Romano, no Rio de Janeiro.
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