O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que o governo não pode dar início aos gastos dos recursos de petróleo e gás da camada pré-sal sem definir como será sua exploração.
"Se os recursos do pré-sal forem aquilo que imaginamos, o Brasil dentro de alguns anos se transformará em um grande produtor de petróleo. Não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar essa imensa riqueza. Não é porque tiramos bilhete premiado que vamos sair por aí gastando dinheiro que ainda não temos. O pré-sal é o passaporte para o futuro", afirmou, durante reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social).
Lula disse que vai receber, em setembro, sugestões elaboradas pela comissão do governo que analisa o pré-sal com diferentes modelos para sua exploração. "O Brasil não quer ser um mero exportador de óleo cru. Ao contrário, queremos construir no país uma indústria produtiva que agregue valor aqui dentro e exporte os derivados", disse.
Jamil Bittar/Reuters
Presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, disse que investimentos não incluem pré-sal
Está marcada para hoje a última reunião de análise de modelos de exploração de outros países. Sobre isso, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que pediria a Lula uma prazo maior para apresentar relatório. "Será um leque de opções. Estamos pensando em fazer uma lista para entregar. E a decisão caberá a ele", disse o ministro, que afirmou precisar de pelo menos mais dez dias. O previsto era encerrar os trabalhos em 16 de setembro e entregar o relatório dia 19.
Lula voltou a dizer que a prioridade dos gastos do governo com os recursos extraídos do pré-sal serão a educação e o combate à pobreza.
"Nossa Constituição diz que as reservas de petróleo são da União. Não podemos perder isso de vista. Seu fruto deve beneficiar, em primeiro lugar, o povo brasileiro. Sua prioridade deve ser a educação e a miséria ainda existente nesse país. Trata-se de debate muito importante que interessa de perto todos os brasileiros", defendeu.
Na mesma reunião, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, informou que a estatal vai investir US$ 112,4 bilhões entre 2008 e 2012 dentro e fora do país. Tal montante não considera, no entanto, o dinheiro que será necessário para explorar a camada pré-sal, que vai exigir "muito mais investimentos".
Modelo híbrido
Segundo reportagem publicada hoje pela Folha (disponível para assinantes do jornal e do UOL), a tendência é adotar um "modelo híbrido" entre o norueguês e o brasileiro, segundo um ministro que participa das discussões sobre o tema.
As áreas do pré-sal já leiloadas, localizadas na bacia de Santos, ficariam sob as regras atuais, mas os poços vizinhos seguiriam o novo modelo --com maior participação do Estado-- e sua exploração efetiva ficaria para segunda etapa.
De acordo com o apurado pela Folha, a idéia é manter, na distribuição das áreas ainda nas mãos do Estado, o sistema de leilão existente atualmente para escolha das empresas. A diferença é que o governo definiria a parcela desses campos que ficaria com a União.
"Se os recursos do pré-sal forem aquilo que imaginamos, o Brasil dentro de alguns anos se transformará em um grande produtor de petróleo. Não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar essa imensa riqueza. Não é porque tiramos bilhete premiado que vamos sair por aí gastando dinheiro que ainda não temos. O pré-sal é o passaporte para o futuro", afirmou, durante reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social).
Lula disse que vai receber, em setembro, sugestões elaboradas pela comissão do governo que analisa o pré-sal com diferentes modelos para sua exploração. "O Brasil não quer ser um mero exportador de óleo cru. Ao contrário, queremos construir no país uma indústria produtiva que agregue valor aqui dentro e exporte os derivados", disse.
Jamil Bittar/Reuters
Presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, disse que investimentos não incluem pré-sal
Está marcada para hoje a última reunião de análise de modelos de exploração de outros países. Sobre isso, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que pediria a Lula uma prazo maior para apresentar relatório. "Será um leque de opções. Estamos pensando em fazer uma lista para entregar. E a decisão caberá a ele", disse o ministro, que afirmou precisar de pelo menos mais dez dias. O previsto era encerrar os trabalhos em 16 de setembro e entregar o relatório dia 19.
Lula voltou a dizer que a prioridade dos gastos do governo com os recursos extraídos do pré-sal serão a educação e o combate à pobreza.
"Nossa Constituição diz que as reservas de petróleo são da União. Não podemos perder isso de vista. Seu fruto deve beneficiar, em primeiro lugar, o povo brasileiro. Sua prioridade deve ser a educação e a miséria ainda existente nesse país. Trata-se de debate muito importante que interessa de perto todos os brasileiros", defendeu.
Na mesma reunião, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, informou que a estatal vai investir US$ 112,4 bilhões entre 2008 e 2012 dentro e fora do país. Tal montante não considera, no entanto, o dinheiro que será necessário para explorar a camada pré-sal, que vai exigir "muito mais investimentos".
Modelo híbrido
Segundo reportagem publicada hoje pela Folha (disponível para assinantes do jornal e do UOL), a tendência é adotar um "modelo híbrido" entre o norueguês e o brasileiro, segundo um ministro que participa das discussões sobre o tema.
As áreas do pré-sal já leiloadas, localizadas na bacia de Santos, ficariam sob as regras atuais, mas os poços vizinhos seguiriam o novo modelo --com maior participação do Estado-- e sua exploração efetiva ficaria para segunda etapa.
De acordo com o apurado pela Folha, a idéia é manter, na distribuição das áreas ainda nas mãos do Estado, o sistema de leilão existente atualmente para escolha das empresas. A diferença é que o governo definiria a parcela desses campos que ficaria com a União.
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